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Lâmpadas UV usadas para secar esmalte em gel podem causar câncer, alertam médicos franceses

Exposição frequente a esse tipo de radiação é agravada em caso de pele clara ou imunossupressão, diz o comunicado

A Academia Nacional de Medicina da França alertou nesta quarta-feira (3) sobre os possíveis riscos cancerígenos das lâmpadas de calor utilizadas na aplicação de esmalte em gel, tratamento estético que está na moda há dez anos.

O verniz semipermanente, que dura de duas a três semanas e é aplicado em centros especializados de manicure, “requer o uso combinado de lâmpada ultravioleta (pelo menos 48 watts) e diodo emissor de luz (LED) para secar e fixar” as camadas, diz a Academia de Medicina.

“Essas lâmpadas emitem raios UV do tipo A (UVA), que penetram profundamente na pele e são conhecidos por promover o envelhecimento, mas principalmente o desenvolvimento de câncer de pele”, acrescenta.

No entanto, os acadêmicos reconhecem a necessidade de estudos epidemiológicos em larga escala para avaliar o risco com mais precisão.

Esse risco “parece estar ligado a três fatores”, descrevem. Eles citam a pouca idade de início do consumo (em média 20 anos), a frequência (de cinco a seis vezes por ano) e a exposição durante vários anos.

“O efeito cumulativo da exposição aos raios UVA representa um risco significativo, que pode ser agravado no caso de pele clara ou imunossupressão do cliente”, detalha.

A academia recomenda a aplicação de protetor solar nas mãos 20 minutos antes da exposição às lâmpadas UV/LED.

Também pede o desenvolvimento de campanhas de informação para a população e os profissionais, a fim de destacar o risco da “aplicação contínua de esmaltes semipermanentes, sobretudo em pessoas de pele clara”.

R7

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