Como os pais podem ajudar na experiência e segurança digital dos filhos

Policiais e promotores de diferentes regiões do país estão se infiltrando em comunidades online — especialmente no Discord — para combater crimes brutais contra menores de idade. Entre as violações mais comuns estão a chantagem com fotos íntimas, indução à automutilação, estupro virtual e incitação ao suicídio.
💡 Converse com frequência
- Reserve ao menos um momento por semana para dialogar com seu filho sobre o que ele vê e por onde circula na internet.
“A primeira forma de você se certificar de que seus filhos estão vivendo uma experiência virtual segura, saudável, é você dialogar com seu filho. É você ter pelo menos uma vez na semana uma conversa mínima que seja, para você saber o que é que ele vê, por onde ele circula”, o professor.
💡 Reforce cuidados com estranhos no ambiente virtual
- Ensine seus filhos a não interagir com desconhecidos online, da mesma forma que faria no mundo real.
“A gente tem, inclusive, o hábito de dizer, não converse com estranhos. Essa mesma lógica se aplica para a plataforma Discord, para qualquer relação virtual”, diz o especialista.
💡 Respeite os limites de idade para uso de telas
- Siga as recomendações médicas sobre o uso de dispositivos por crianças e adolescentes.
“Criança até 7 anos não deve utilizar telas. Essa é uma orientação da Associação Brasileira de Pediatria há muito tempo. Dos 7 aos 13 anos, por exemplo, usar para funções pedagógicas, usar com bastante acompanhamento, sem deixar que seu filho ou sua filha passem a viver uma experiência contínua com as telas. Eu sugiro que liberar mesmo a partir dos 16 anos. Mas liberar mesmo, nesse caso, não significa liberar para tudo”, afirma Hugo Monteiro Ferreira.
O que leva à radicalização de jovens na internet?
“A radicalização dá a eles um sentido de vida ou de morte que até, então, eles não tinham”. O alerta vem do procurador que coordena o Núcleo de Prevenção à Violência Extrema, fundado há um ano pelo Ministério Público Gaúcho, Fábio Costa Pereira.
“Este sujeito vai deixando uma série de rastros, uma série de sinais”, explica.
De acordo com o projeto, há três causas principais para o isolamento e a radicalização dos adolescentes:
- o excesso de exposição às telas;
- problemas nas famílias;
- e bullying.
Desde que o núcleo foi criado, há pouco mais de um ano, já foram identificados 178 adolescentes e jovens com tendência à radicalização ou à violência extrema aqui no Rio Grande do Sul.