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Testes indicam que veneno da cobra cascavel pode ajudar no tratamento contra câncer; entenda

Uma das toxinas que compõem o veneno da cobra cascavel pode ajudar no tratamento contra o câncer. É o que indica um estudo conduzido pelo Instituto Butantan, com a participação de pesquisadores da Universidade de São Paulo (USP) e da Universidade de Ribeirão Preto (Unaerp).

Nesse primeiro momento, a pesquisa, publicada em revista científica, testou a atuação da crotoxina em camundongos portadores de câncer de peritônio.

“A gente fez testes em animais e com células cultivadas. A gente faz essa experimentação, como que a gente imagina o que vai acontecer com o organismo”, explica a professora da Unaerp Priscila Andrade Ranéia Silva, que participou do estudo.

Os resultados mostraram que a substância agiu sobre células de defesa do organismo para induzi-las a combater tumores com mais eficiência. Segundo os cientistas, isso pode indicar um caminho para que os pacientes adquiram uma resposta imune antitumoral suficiente e duradoura.

👨‍🔬 Como foi feito o estudo?

 

Inicialmente, os pesquisadores dividiram os camundongos em dois grupos, sendo que um deles recebeu um tumor líquido que se desenvolve na região abdominal.

Em seguida, o grupo de animais doentes foi divididos em três partes:

  • Uma recebeu solução salina (grupo controle);
  • uma recebeu pequena dose de crotoxina (0,9 micrograma por animal);
  • uma recebeu dose maior de crotoxina (5 microgramas por animal).

O grupo de animais saudáveis também foi submetido aos três tratamentos, apenas com o intuito de demonstrar o efeito da toxina em um organismo sem câncer.

🔬 O que foi constatado?

Os animais foram acompanhados por 13 dias. Ao final do 13º dia, os pesquisadores constataram que os camundongos doentes que receberam a menor dose da toxina estavam com a prevalência de 60% dos chamados macrófagos M1, célula de defesa adequada para inibir o desenvolvimento de tumores.

A porcentagem foi equivalente à observada nos animais que não tinham tumor, ou seja, o tratamento mostrou-se eficaz na manutenção dessas células de defesa diante do tumor. 

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