Suspeito de matar companheira em Bayeux, na PB, foi condenado três vezes por porte ilegal de arma
O suspeito de matar Lidijane Maria da Conceição, com um tiro na cabeça, em Bayeux, na Grande João Pessoa, já foi condenado três vezes por por por ilegal de arma. A informação sobre os antecedentes de Marcos Antônio Alves Veras de Lima está no documento de audiência de custódia ao qual o g1 o teve acesso.
Marcos Antônio é integrante da Guarda Municipal de Bayeux . De acordo com o delegado Paulo Josafá, responsável pela ocorrência no último domingo (8), por parte da Polícia Civil, o homem atualmente tinha direito à posse de arma, que garante permissão para adquirir uma arma de fogo.
No entanto, em três outros processos o homem já foi condenado por porte ilegal de arma de fogo. O primeiro processo foi aberto em 2009, o segundo em 2012 e outro, mais recentemente, em 2016. Os três já transitaram em julgado.
Além disso, no mesmo documento de audiência de custódia, foi informado que Marcos Antônio disse à polícia que Lidijane tinha tirado a própria vida após uma discussão entre o casal, com um tiro na cabeça. Porém, a perícia criminal foi feita e constatou que o tiro ocorreu de cima para baixo da cabeça da vítima, com a bala saindo debaixo do maxilar da mulher, que era destra, e, portanto, não teria condições da vítima ter disparado contra si mesmo.
Após audiência de custódia realizada nesta segunda-feira (9), com base nessas análises, o juiz converteu a prisão em flagrante do guarda municipal em preventiva, e Marcos Antônio vai para o presídio.
Filha diz que mãe foi impedida de ter contato com a família
Jéssica é filha de vítima de feminicídio na grande João Pessoa — Foto: TV Cabo Branco
Em entrevista à TV Cabo Branco, Jéssica Maria dos Santos, filha da vítima, contou que Marcos Antônio impediu que a mãe tivesse contato próximo com ela e também com os netos, desde o início do relacionamento entre os dois.
“Minha mãe conheceu o cara há 7 meses. Como é que um homem pede para a mulher se afastar da família? Ele proibiu minha mãe de me ver e ver os meus filhos”, contou.
Além disso, Jéssica cobrou justiça pela morte da mãe e fez um alerta para outras mulheres que passam por agressões físicas e psicológicas, em relacionamentos.
“Há 7 meses minha mãe só me via às escondidas. Isso é muito revoltante. Eu só peço justiça, que ele pague, porque isso não pode ficar assim não. Nós que somos mulheres temos que nos cuidar, se nos calarmos é pior. Feminicídio tem que acabar”, disse.
Como denunciar
Denúncias de estupros, tentativas de feminicídios, feminicídios e outros tipos de violência contra a mulher podem ser feitas por meio de três telefones:
- 197 (Disque Denúncia da Polícia Civil)
- 180 (Central de Atendimento à Mulher)
- 190 (Disque Denúncia da Polícia Militar – em casos de emergência)
Além disso, na Paraíba o aplicativo SOS Mulher PB está disponível para celulares com sistemas operacionais Android e iOS e tem diversos recursos, como a denúncia via telefone pelo 180, por formulário e e-mail.
G1PARAÍBA