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Por que cada vez mais sul-coreanas optam por não ter filhos

Imagem da cidade de Busan, na Coreia do Sul — Foto: Reprodução/Google Maps

Imagem da cidade de Busan, na Coreia do Sul — Foto: Reprodução/Google Maps

Quando ela era mais jovem, Hyobin Lee tinha o desejo de ser mãe. Mas, chegou a um ponto em que teve que tomar uma difícil decisão – e acabou optando por sua carreira em vez de uma família. Agora, é uma acadêmica de sucesso na cidade sul-coreana de Daejeon.

Lee, de 44 anos, é apenas uma entre milhões de mulheres sul-coreanas decidiram conscientemente não ter filhos – levando a taxa de natalidade do país para um novo mínimo histórico.

A taxa de natalidade– o número médio de nascimentos por mulher – diminuiu para 0,72 no ano passado, de acordo com estatísticas preliminares divulgadas pelo governo da Coreia do Sul nesta semana. O número é abaixo dos 0,78 do ano anterior e dá seguimento a um declínio anual gradual desde 2015.

índice está bem abaixo das 2,1 crianças necessárias para manter a população do país. Com apenas 230 mil nascimentos no ano passado, os números sugerem que a população pode cair para cerca de 26 milhões até 2100 na Coreia do Sul– metade da atual.

Médico ausculta barriga de mulher grávida — Foto: Adobe Stock

Médico ausculta barriga de mulher grávida — Foto: Adobe Stock

Poucos homens usam licença parental

 

“Quando era jovem, sonhava em ter um filho que se parecesse comigo”, conta Lee à DW. “Eu queria brincar com ele, que lêssemos juntos e gostaria de lhe mostrar muito do mundo. Mas percebi que a realidade não é tão simples”.

“Escolhi não ter filhos por causa da minha carreira”, diz. “Ter e criar um filho causaria problemas para minha carreira e temo que ficaria ressentida com a criança por esse motivo. E, como consequência, tanto a criança quanto eu ficaríamos infelizes”, analisa.

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