O Reino Unido celebrou um marco histórico na medicina reprodutiva: o nascimento do primeiro bebê no país após um transplante de útero. Amy veio ao mundo em 27 de fevereiro no hospital Queen Charlotte and Chelsea, em Londres, dois anos depois que sua mãe, Grace Davidson, 36, recebeu o órgão de sua irmã mais velha. O anúncio foi feita pela unidade de saúde, nesta terça-feira (8).
“Era difícil acreditar que ela era real. Eu sabia que ela era nossa, mas é difícil acreditar”, disse Grace em depoimento publicado pela Womb Transplant UK, responsável por financiar o procedimento.
A cirurgia de transplante foi realizada em fevereiro de 2023, no Centro de Transplantes de Oxford. O útero foi doado por Amy Purdie, 42, que já é mãe de duas meninas, de 10 e 6 anos. A operação e o nascimento bem-sucedido são considerados um avanço significativo para mulheres que sofrem com infertilidade uterina.
Grace sofre de síndrome de Mayer-Rokitansky-Kuster-Hauser, uma condição rara que a fez nascer sem um útero funcional. Tanto mãe quanto filha estão saudáveis, segundo informou o hospital.
“Esperamos sinceramente que, daqui para frente, isso possa se tornar uma realidade maravilhosa e fornecer uma opção adicional para mulheres que, de outra forma, não seriam capazes de carregar seus próprios filhos”, ressaltou Grace.
Brasil foi o 1º país da América Latina a realizar procedimento
Desde os primeiros transplantes realizados na Suécia, em 2013, mais de 100 procedimentos semelhantes ocorreram no mundo, resultando no nascimento de cerca de 50 bebês.
A compatibilidade do doador com o receptor é feita principalmente por tipo sanguíneo.
No ano passado, o Brasil foi palco do primeiro transplante de útero bem-sucedido entre pacientes vivas da América Latina, onde uma irmã doou o órgão para outra, no Hospital das Clínicas de São Paulo.
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