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Justiça aceita denúncia, e Pedro Guimarães vira réu por 7 acusações de assédio sexual e 8 de importunação

A Justiça Federal aceitou a denúncia e transformou o ex-presidente da Caixa Econômica Federal Pedro Guimarães – que chegou ao posto no governo Bolsonaro – por assédio e importunação sexual.

Guimarães vai responder por 7 acusações de assédio sexual e 8 de importunação, segundo o blog apurou.

O crime de assédio tem pena de 1 a 2 anos de prisão e o de importunação, de 1 a 5.

No caso do ex-presidente da Caixa, a denúncia prevê o agravamento das penas pelo fato de ele ter autoridade sobre as vítimas.

blog procurou a defesa das vítimas. A advogada Soraia Mendes confirmou o recebimento da denúncia após a divulgação do fato pelo site Metrópoles, mas diz não poder comentar o caso por estar sob sigilo para proteger a defesa das vítimas.

Em nota, o advogado de Pedro Guimarães, José Luis de Oliveira Lima, negou que o ex-presidente da Caixa tenha cometido crimes.

“A defesa de Pedro Guimarães nega taxativamente a prática de qualquer crime e tem certeza que durante a instrução a verdade virá à tona, com a sua absolvição”, diz a nota.

Queda

Denúncias de assédio sexual contra Guimarães vieram à tona no fim de junho de 2022 e tornaram inviável a permanência dele no comando da instituição.

Funcionárias da Caixa relataram à TV Globo episódios de assédio sexual e moral por parte de Guimarães, que ocorriam tanto em particular quanto na frente de outros colegas.

Segundo uma dessas vítimas, em viagem de trabalho, Guimarães colocou a mão no bolso de trás da calça dela. “Estava num momento de confraternização, ele ia me entregar alguns objetos e quando ele foi tentar colocar no meu bolso, minha mão estava ocupada, quando ele tentou colocar no meu bolso da frente, que meu bolso da frente era um bolso falso, ele colocou no bolso atrás, ele enfiou tentando já apalpar minha bunda e falou com esses termos: ‘Eu vou botar na frente.’”

Ainda em junho, Guimarães teve de pedir demissão. A essa altura, o inquérito sigiloso para apurar as denúncias já prosseguia no Ministério Público Federal.

G1

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