Julgamento de Johannes Dudeck, acusado de matar Mariana Thomaz, será restrito a familiares e advogados
O julgamento de Johannes Dudeck, acusado de assassinar e estuprar a estudante de medicina Mariana Thomaz, em março de 2022, será realizado a portas fechadas, restrito aos familiares, advogados e ao Ministério Público. o júri está marcado para às 9h do dia 20 de setembro, no Fórum Criminal de João Pessoa.
De acordo com a determinação do juiz do 1º Tribunal do Júri, Antônio Gonçalves Ribeiro Júnior, o objetivo da restrição é assegurar a ordem e a tranquilidade dos trabalhos, assim como a integridade do acusado, para que o julgamento seja executado da melhor forma.
“No presente caso, verifica-se que a publicidade ampla promoverá exposição, além de afetar o julgamento do crime, inclusive, ante a repercussão e ao clamor social, razão pela qual é medida que se impõe limitar a presença na sessão plenária apenas às partes, ao Ministério Público, à assistência à acusação e aos advogados de defesa, objetivando preservar o direito à intimidade dos interessados, conforme autoriza o inciso IX, do art. 93, da Constituição Federal”,
Ainda conforme a decisão, o acesso ao julgamento se restringirá à presença de dez familiares para a vítima e réu, respectivamente, que deverão mediante realizar um cadastramento prévio junto ao Cartório Unificado do Júri até o dia 31 de agosto. Não vai haver transmissão do julgamento por meio de telão em tempo real ao público externo, como havia sido anunciado anteriormente.
Já o acesso da imprensa ocorrerá apenas na área externa do plenário do júri, e as informações serão obtidas pelos servidores da justiça por meio de boletim a cada 3h. Após o encerramento do expediente, os jornalistas previamente cadastrados, poderão acompanhar o julgamento. O cadastro dos profissionais deverá ser realizado na Direção do Fórum até o dia 31.
Relembre
O corpo de Mariana Thomaz foi encontrado no dia 12 de março de 2022, após a polícia receber uma ligação do acusado Johannes Dudeck, informando que a estudante de medicina estava tendo convulsões. A investigação observou sinais de esganaduras, então Johannes foi preso no local e encaminhado para um presídio especial de João Pessoa.
O relatório final do inquérito indicou os crimes de feminicídio e estupro, conforme informações obtidas do laudo tanatoscópico do Instituto de Polícia Científica (IPC), exame feito para comprovar a existência de violência sexual.
A jovem, de 25 anos, era natural do Ceará e estava na Paraíba para cursar a graduação de medicina.
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