Haddad vence queda de braço com ala política na definição da meta de déficit zero para 2024
Eles alegavam que até alguns economistas do mercado preveem um déficit de 0,75% do PIB no próximo ano.
A presidente do PT, Gleisi Hoffmann, verbalizou publicamente a defesa desta ala, sob o argumento de que é preciso aumentar os investimentos para garantir um crescimento econômico maior em 2024.
O Ministério da Fazenda se colocou contra, dizendo que mudar a meta antes mesmo de tentar cumpri-la seria jogar a toalha e tornar ainda mais difícil a aprovação das medidas para aumentar a arrecadação, como a tributação de fundos exclusivos e de offshores.
Em reunião com o presidente Lula, nesta terça-feira (29), foi mantida a decisão inicial de manter a meta de déficit zero em 2024.
Lula, Haddad e os ministros da Casa Civil, Rui Costa, do Planejamento, Simone Tebet, e da Gestão, Esther Dueck, participaram do encontro, quando venceu a avaliação de que a meta não deveria ser modificada.
Uma ala do governo, porém, ainda não desistiu. A Lei de Diretrizes Orçamentárias, que vai oficializar essa meta, deve ser votada no Legislativo apenas em outubro.
Até lá, se continuarem as frustrações de receitas, a pressão voltará para que seja aceito um déficit no orçamento para acomodar mais investimentos.
G1