Enchentes no RS completam um mês nesta segunda com 169 mortes e 581 mil desalojados
As enchentes que mataram pelo menos 169 pessoas no Rio Grande do Sul completam um mês nesta segunda-feira (27). O estado enfrenta o maior desastre natural de sua história e as chuvas continuam a agravar a situação. De acordo com o relatório da Defesa Civil divulgado às 18h de domingo (26), são 469 municípios gaúchos afetados, 55.813 pessoas em abrigos, 581.638 desalojados, 806 feridos e 56 desaparecidos.
• 27/4 – Temporais atingiram o Rio Grande do Sul causaram as primeiras inundações. A capital Porto Alegre e os municípios de Canoas e Novo Hamburgo foram os primeiros a sofrer alagamentos.
• 30/4 – Exército e Aeronáutica mobilizaram 335 militares para ajudar no resgate das vítimas. A operação contou com 12 embarcações, 5 helicópteros e 43 viaturas, além de equipamentos de engenharia. Os militares trabalharam principalmente no resgate de pessoas ilhadas, distribuição de água, alimentos e donativos.
A FAB (Força Aérea Brasileira) disponibilizou os dois primeiros helicópteros modelo H-60 Black Hawk para ajudar no resgate das vítimas. No decorrer da operação, outras aeronaves foram enviadas totalizando 15 helicópteros e um avião de carga.
• 1°/5 – As enchentes mataram 10 pessoas e 100 municípios gaúchos foram afetados pelos temporais.
A Força Aérea enviou reforços para ajudar as vítimas.
Em entrevista exclusiva para RECORD News, o secretário de Desenvolvimento Social do Rio Grande do Sul, Beto Fantinel, disse que o objetivo principal naquele momento era a busca por sobreviventes e apontou dificuldades devido às condições climáticas instáveis.
Os temporais causaram o bloqueio de rodovias, deslizamentos de terra e até quedas de pontes.
2/5 – O governo federal reconheceu a situação de calamidade pública no Rio Grande do Sul e uma sala de monitoramento foi criada em Brasília.
A quantidade de mortos subiu para 29, segundo boletim divulgado pela Defesa Civil do RS, às 18h daquele dia.
Ao menos 154 municípios já tinham sido afetados pelos temporais. Havia 4.645 desabrigados e 10.242 desalojados.
• 3/5 – O número de mortes causadas pelas tempestades subiu para 31. Segundo a Defesa Civil, naquele dia, havia 186 desaparecidos e 17 mil, desalojados e desabrigados.
O secretário de Desenvolvimento Social do estado pediu às pessoas que vivem nas cidades atingidas pelas chuvas que não retornassem às suas casas.
Até então, 265 cidades foram afetadas, e segundo a Confederação Nacional de Municípios, os prejuízos passavam de R$ 275 milhões.
• 4/5 – A Defesa Civil emitiu alerta de inundação em parte de Porto Alegre devido à cheia do lago Guaíba, que subiu mais de cinco metros, o maior nível já registrado até então.
O aeroporto da capital gaúcha, Salgado Filho, amanheceu alagado e foi fechado.
O total de pessoas afetadas chegava a 510 mil, havendo também registros de feridos e desaparecidos, além de perdas materiais.
A Arena do Grêmio foi alvo de saques.
O presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) foi ao estado, pela 2ª vez no mês acompanhado de nove ministros. Os presidentes da Câmara, Arthur Lira (PP-AL), e do Senado, Rodrigo Pacheco (PSD-MG), também integraram a comitiva.
R7