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Cientistas recriam perfume usado em múmia egípcia há 3.500 anos

 

Pesquisadores do Instituto Max Planck, na Alemanha, desvendaram uma antiga fragrância que era utilizada nas práticas de mumificação do Egito Antigo, por volta de 1450 a.C., após analisarem o corpo de uma mulher que viveu naquela época — identificada como Senetnay.

Os restos mortais dela foram desenterrados no vale dos Reis, no ano 1900, pelo arqueólogo britânico Howard Carter, o mesmo que descobriu a tumba de Tutancâmon.

Para analisar a composição do líquido, pequenas amostras residuais foram extraídas de dois frascos utilizados para guardar vísceras embalsamadas, que antes continham os pulmões e o fígado da múmia.

“Tínhamos apenas minúsculos restos e vestígios do bálsamo de mumificação, a substância com a qual ela foi coberta para a vida após a morte”, explicou Barbara Huber, pesquisadora principal do Instituto Max Planck, ao canal Euro News.

Ao examinar a composição molecular, os cientistas descobriram que os bálsamos consistiam em uma mistura de cera de abelha, óleos vegetais, gorduras, resinas, uma substância perfumada e muito outros compostos.

Barbara também afirma que a descoberta é como uma viagem no tempo, já que é possível ver o tamanho da influência das rotas comerciais egípcias no mundo antigo, estendendo-se até partes da Europa e da Ásia.

A perfumista francesa Carole Calvez ajudou no processo de confecção da essência e a descreveu como amadeirada, resinosa, balsâmica, aldeídica, muito quente e poderosa.

Agora o perfume está exposto no Museu Moesgaard, na Dinamarca, como parte de uma nova mostra sobre o Egito Antigo. É permitido aos visitantes sentir como eram os odores de quase 3.500 anos atrás.

 

R7

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