“Todas as partes devem apoiar a Rússia e a Ucrânia a trabalhar na mesma direção e retomar o diálogo direto o mais rápido possível”, declarou o Ministério das Relações Exteriores chinês, em um documento de 12 pontos para uma “solução política” para o conflito.
Pequim também rejeitou o uso de armas nucleares, dias depois que o presidente russo, Vladimir Putin, anunciou a suspensão de sua participação em um tratado de desarmamento nuclear com os Estados Unidos.
“As armas nucleares não devem ser usadas e as guerras nucleares nunca devem ser travadas. A ameaça ou uso de armas nucleares deve ser combatida”, acrescentou o documento.
O texto também enfatiza a necessidade de proteger os civis: “As partes no conflito devem respeitar estritamente o direito humanitário internacional e evitar atacar civis ou instalações civis”.
A China tentou se posicionar como parte neutra no conflito, embora mantenha laços com Moscou, seu aliado estratégico.
O chefe da diplomacia chinesa, Wang Yi, se reuniu na capital russa na quarta-feira (22) com Putin e seu ministro das Relações Exteriores, Sergei Lavrov, durante uma visita para apresentar sua “solução política” para a guerra.
O presidente ucraniano, Volodimir Zelensky, disse nesta quinta (23) que não tinha visto o plano de paz da China e queria se reunir com representantes de Pequim para discutir a proposta antes de oferecer seus pontos de vista.
Desde o início da invasão russa, a China ofereceu apoio diplomático e financeiro a Putin, mas se absteve de qualquer envolvimento militar ou envio de armas ao aliado.
G1