Cafuçu comemora 35 anos desfilando alegria, irreverência e muita extravagância pelo Centro de João Pessoa
O Bloco Cafuçu desfila toda a sua irreverência singular na noite desta sexta-feira (09), com a expectativa de reunir cerca de 150 mil foliões no Centro de João Pessoa – Praças Dom Adauto e Rio Branco e Ponto de Cem Réis. A concentração começa às 19h, nos três pontos da festa e, este ano, quem é cafuçu tem um motivo a mais para comemorar. O bloco está celebrando 35 anos de história, que serão festejados no melhor estilo ao som da Banda Tracundum e de Ronaldo Rossi.
O diretor do Cafuçu, Buda Lira, aposta na criatividade dos foliões e na alegria da festa, que todos os anos é marcada pela extravagância das produções dos participantes. “O bloco Cafuçu é alegria para a família inteira. Um espaço para brincadeira que provoca a criatividade. E, este ano, mais uma vez, ele vem com esse espírito de alegria, que cria, inspira temas de Carnaval e quem faz a festa é o folião”, comentou.
Buda Lira lembra que, 35 anos atrás, quando o bloco Cafuçu foi fundado, apenas 12 pessoas participavam da brincadeira de se vestir descombinando as roupas e os acessórios, num estilo muito conhecido e querido classificado como brega. “A primeira vez que saímos foi no bloco das Muriçocas. Era uma turma de 12 pessoas formada por artistas, funcionários da universidade. No ano seguinte fixamos a saída na sexta-feira, já com um público de cerca de 200 pessoas, utilizando fita cassete, porque não tinha nem orquestra”, contou.
Além de Ronaldo Rossi e da Banda Tracumdum, o desfile do Cafuçu terá orquestras e DJs. Tem mais um detalhe que não pode ser esquecido, segundo Buda Lira. “Temos a rádio Difusora Cafuçu, onde são lidos bilhetinhos, a exemplo do que era feito nos parques de diversões de antigamente. Estamos apostando nas muitas melhorias que foram feitas na estrutura para o desfile, como a colocação de mais banheiros. É mais qualidade para os foliões”, disse com alegria Buda Lira.
Prévia do Cafuçu – Desde 2012 a irreverência do Bloco Cafuçu chega cedo à casa de Vandilma Salvino Lopes. Ela e mais 17 amigas iniciam a preparação antes mesmo do horário da concentração. E tudo começou anos atrás, quando o grupo se reuniu para tomar um vinho, saborear alguns petiscos, dançar e cantar. “Foi daí que tivemos a ideia de nos caracterizar para ir ao Cafuçu. Pensamos: por que não juntar essa irreverência, já que somos engraçadas?”, contou Dilma, como é carinhosamente chamada.
O grupo fez tanto sucesso e chamou tanta atenção dos participantes que as amigas até tiveram que tirar fotos com as pessoas. Desde então, todos os anos, elas se reúnem para fazer a prévia do Cafuçu e depois seguir o bloco, mantendo o ritmo da irreverência. “Percebemos que fizemos sucesso. Todos queriam tirar fotos conosco e, a cada ano, tínhamos mais vontade dessa folia”, concluiu Dilma.
Cafucete há quase 15 anos – Quem também vai levantar nesta sexta-feira com o único objetivo de preparar um figurino especial para fazer bonito no bloco mais irreverente das prévias carnavalescas de João Pessoa é a consultora Heliana Fernandes, de 63 anos.
Ela já é cafucete há quase 15 anos. O figurino para o desfile de 2024 já está pronto e tem muitas cores, brilhos e acessórios exóticos. Afinal, se não for para ir extremamente extravagante para o Cafuçu, ela nem sai de casa.
“A família inteira vai. Meu marido sempre me acompanha. O que mais nos encanta no Cafuçu é a alegria, as fantasias extravagantes e engraçadas. E nós vamos para extravasar os sentimentos e se divertir. Eu amo o Carnaval e amo o Cafuçu”, disse Heliana.
Carnaval Tradição – O Bloco Cafuçu encerra os desfiles do Folia de Rua, mas não a festa. Neste sábado (10) já começa o Carnaval Tradição. Os desfiles oficiais acontecem na Avenida Duarte da Silveira (Beira Rio), sempre a partir das 18h.
No sábado (10), desfilam seis tribos indígenas e seis clubes de frevo. No domingo (11), serão quatro tribos e três clubes de frevo, esquentando a avenida para a entrada das quatro escolas de samba. A programação segue na segunda-feira (12) com o desfile das ala ursas.
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Texto: Nice Almeida
Edição: Cristina Cavalcante
Fotografia: Arquivo pessoal -
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