Bombardeios continuam em Gaza enquanto líderes discutem plano de paz no Egito

Autoridades de Israel, dos Estados Unidos e representantes do grupo Hamas estão reunidos no Egito para discutir o plano de paz proposto pelo presidente americano Donald Trump, que prevê 20 pontos com o objetivo de encerrar a guerra em Gaza e garantir a libertação dos reféns.
Início das negociações
O enviado americano Steve Witkoff e o genro de Trump, Jared Kushner, participam das tratativas. Na sexta-feira (3), o Hamas aceitou partes da proposta, enquanto o governo de Binyamin Netanyahu afirmou que Israel está pronto para implementar a primeira fase do plano.
O acordo prevê, entre outros pontos, o cessar-fogo imediato e a libertação dos reféns israelenses. No entanto, questões cruciais permanecem em aberto, como o desarmamento do Hamas, uma das exigências centrais de Israel.
Apesar das tensões, o Hamas concordou em abrir mão do controle político da Faixa de Gaza, permitindo a formação de um governo tecnocrático, como sugerido por Trump. Ainda assim, o grupo insiste em participar da estrutura nacional palestina, o que não está previsto no plano americano.
Bombardeios continuam em Gaza
Mesmo após o anúncio das negociações, novos bombardeios foram registrados neste domingo (5). Segundo agências de notícias, pelo menos 57 pessoas morreram após ataques aéreos israelenses. Testemunhas relataram à Reuters que aviões e tanques de Israel destruíram prédios residenciais e orientaram moradores a não retornarem às suas casas, classificando a região como “zona de combate perigosa”.
Durante a madrugada de sábado (4), drones lançaram granadas em telhados e tropas explodiram veículos com explosivos, demolindo dezenas de casas.
“As explosões não param… Onde está a trégua de que Trump nos falou?”, questionou o morador de Gaza Rami Mohammad-Ali, em entrevista à Reuters.
Declarações de Trump e Netanyahu
O presidente Donald Trump afirmou no sábado que Israel concordou com uma linha de retirada inicial dentro de Gaza e que o cessar-fogo entrará em vigor assim que o Hamas confirmar o acordo.
Em postagem nas redes sociais, ele agradeceu a Israel pela suspensão temporária dos ataques e advertiu:
“Não tolerarei atrasos nem qualquer resultado que torne Gaza uma ameaça novamente. Vamos resolver isso, rápido.”
Em entrevista ao Axios, Trump revelou que ligou para Netanyahu, dizendo que esta é “a chance de vitória” do primeiro-ministro israelense.
Já Netanyahu declarou que Israel está à beira de uma grande conquista e que espera anunciar em breve o retorno de todos os reféns, vivos e mortos, em uma única fase. Segundo ele, as forças israelenses permanecerão em Gaza durante esse processo.
“O Hamas só concordou por causa da pressão militar e diplomática”, afirmou Netanyahu, reforçando que o grupo será desarmado por meios diplomáticos ou militares.
Apoio e resistência de grupos armados
O Jihad Islâmico, aliado do Hamas, apoiou a resposta positiva ao plano americano, o que pode facilitar a libertação dos reféns. Já o líder do Hezbollah, Naim Qassem, classificou a proposta dos EUA como “cheia de perigos”, mas afirmou que a decisão final cabe ao Hamas.
- Portal Paraíba.com.br
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