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Banco Central baixou a taxa Selic: veja como isso muda a sua vida

Copom (Comitê de Política Monetária), do BC (Banco Central), cortou a taxa Selic em 0,50 ponto percentual nesta quarta-feira (20). O novo patamar de 12,75% passa a valer a partir desta quinta-feira (21).

A Selic é a taxa básica de juros da economia brasileira e o principal instrumento de política monetária do BC no controle da inflação.

Por influenciar todas as taxas de juros do país, como a do rotativo do cartão de crédito e a do cheque especial, ela tem um peso no bolso do consumidor quando se trata de empréstimos, financiamentos e aplicações financeiras.

Ou seja, com o corte do Banco Central, essas movimentações deverão ficar mais baratas. Dessa forma, a autoridade monetária incentiva o consumo, o investimento e o aquecimento da economia brasileira de uma forma geral. Na teoria, o crédito fica mais acessível, e o brasileiro volta a comprar.

Uma situação prática: quem for ao banco simular um empréstimo para comprar um carro poderá ver o plano falhar se a Selic subir no mês seguinte. Isso porque o aumento da taxa fará com que o valor das prestações fique acima daquele originalmente observado na simulação, o que pode forçar o consumidor a repensar o empréstimo e a compra.

No cenário oposto, de Selic mais baixa, a intenção do Copom é estabelecer uma política monetária para estimular o consumo e a economia ao baixar os juros ao consumidor.

Em um linguajar popular, a Selic é o preço do dinheiro. Se o dinheiro está “barato demais”, ou seja, com uma taxa muito baixa, as pessoas vão consumir além do nível em condições normais. Como consequência, a tendência é haver aumento generalizado dos preços. Essa, inclusive, é a “definição de inflação” mais aceita entre os economistas.

Nesse sentido, vale lembrar que o processo inflacionário é prejudicial principalmente para os mais pobres. Isso porque, numa explicação geral, eles são os que mais sentem o peso do aumento de preços no bolso.

O responsável por decidir o patamar da taxa Selic é o Copom. Ele é composto atualmente de nove economistas, que são diretores do Banco Central, além do presidente da autarquia. O Comitê se reúne a cada 45 dias.

De forma objetiva, o Copom precisa pelo menos se aproximar da meta de inflação, que hoje é de 3,25% ao ano. Ela tem margem de 1,5 ponto percentual para cima ou para baixo. Ou seja, a variação do objetivo vai de 1,75% a 4,75%.

A meta é definida pelo CMN (Conselho Monetário Nacional), que hoje é formado por Fernando Haddad (ministro da Fazenda), Simone Tebet (ministra do Planejamento) e Roberto Campos Neto (presidente do BC).

 

R7

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