O ministro do Supremo Tribunal Federal (STF) Alexandre de Moraes pediu que a defesa de Anderson Torres se manifeste, em 48 horas, sobre as senhas de celular e e-mail fornecidas pelo ex-secretário de Segurança Pública do Distrito Federal. A decisão destaca que “nenhuma das senhas fornecidas estava correta”.
Anderson Torres está preso por suspeita de conivência ou omissão diante dos atos antidemocráticos cometidos contra as sedes dos Três Poderes, em Brasília, no dia 8 de janeiro de 2023. Preso após retornar das férias nos Estados Unidos, o ex-ministro do governo Jair Bolsonaro (PL) havia informado à Polícia Federal (PF) que não entregou o celular pessoal aos investigadores por ter perdido o aparelho.
Cem dias depois da tentativa de golpe, o ex-secretário forneceu as senhas à PF. Porém, segundo Alexandre de Moraes, nenhuma funcionou quando os investigadores tentaram acessar a nuvem do aparelho de Anderson Torres.
Em decisão anterior, na qual negava pedido de liberdade apresentado pela defesa do ex-ministro, Alexandre de Moraes escreveu que Anderson Torres “suprimiu das investigações a possibilidade de acesso ao seu telefone celular, consequentemente, das trocas de mensagens realizadas no dia dos atos golpistas e nos períodos anterior e posterior; e às suas mensagens eletrônicas. Somente – mais de 100 dias após a ocorrência dos atos golpistas, e com total possibilidade de supressão das informações ali existentes – autorizou acesso às suas senhas pessoais de acesso à nuvem de seu e-mail pessoal”.
Anderson Torres segue preso no 4º Batalhão da Polícia Militar (BPM), no Guará 2, no Distrito Federal.
Metrópoles