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Ação do PL: Bolsonaro teme que ofensiva anti-Moro no TSE legitime inelegibilidade

Jair Bolsonaro está convencido de que a iniciativa do PL de recorrer ao Tribunal Superior Eleitoral (TSE) no processo que mira a cassação do mandato do senador Sergio Moro (União-PR) pode acabar esvaziando o discurso dele de que a Corte não seria isenta e agiria politicamente contra pretensos desafetos, em especial os de campo ideológico oposto ao do presidente Lula.

O raciocínio de Bolsonaro, exposto a interlocutores na última semana, é o seguinte: ao dar continuidade ao processo contra Moro, que no início de abril foi absolvido pelo Tribunal Regional Eleitoral do Paraná de acusações de abuso de poder econômico e político, o PL, partido pelo qual concorreu à reeleição, acaba por considerar o TSE uma corte legítima para arbitrar o caso e, portanto, legítima também para impor, como fez, a inelegibilidade do ex-mandatário e do então candidato a vice Walter Braga Netto.

Por que PL recorreu contra absolvição de Sergio Moro?

Jair Bolsonaro foi contra a decisão do presidente da legenda, Valdemar Costa Neto, de bater às portas do TSE para tentar a cassação de Moro. A interlocutores, ele atribui a insistência do mandachuva da legenda a uma rixa pessoal contra o ex-juiz da Lava-Jato, mas considera também que a iniciativa pode acabar também se virando contra o ex-deputado Paulo Martins, bolsonarista que ficou na segunda colocação na corrida pelo Senado em 2022 e tratado como nome certo da legenda para disputar a vaga em uma eventual eleição suplementar a ser convocada se Moro for cassado.

Na avaliação do ex-presidente, Moro é adorado pelos eleitores do Paraná, que possivelmente não transfeririam a mesma simpatia a Martins. Ainda mais se a virtual eleição do bolsonarista só for possível porque o partido do próprio ex-presidente defenestrou o senador aliado.

Os recursos do PT e do PL contra a decisão do TRE paranaense de absolver Sergio Moro chegaram ao TSE na quinta-feira, 2, e foram distribuídos ao ministro Floriano de Azevedo Marques. Os dois partidos alegam desequilíbrio na disputa que elegeu o ex-juiz porque primeiro ele se lançou pré-candidato à Presidência da República, usufruindo de dinheiro de seu então partido, o Podemos, para atividades políticas, e depois decidiu se candidatar ao Senado, vaga que tem teto de gastos menor. Para as legendas, Moro teria se tornado mais conhecido dos eleitores porque teria extrapolado o limite de despesas permitido por lei. Ele nega irregularidades.

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