A rede pública de saúde da Paraíba tem apresentado uma sobrecarga nas Unidades de Terapia Intensiva (UTIs) infantis. Segundo o secretário de saúde do estado, Johny Bezerra, o estado ainda não registrou nenhuma criança na lista de espera por uma vaga, mas foi necessário a abertura de leitos emergenciais.
A Secretaria Estadual de Saúde elaborou um plano de ação para garantir o atendimento às crianças. Ao MaisPB, Jhony Bezerra informou que, ao total, foram abertos 26 leitos de UTI e 77 leitos de enfermarias para comportar a alta demanda. Isso porque, já foram registradas oito mortes de crianças por síndrome respiratória aguda grave.
“Dos 18 óbitos por síndrome aguda grave, metade são por influenza. De 10 desses óbitos, 50% são crianças. A gente chama atenção dos pais nesse momento para a vacinação infantil. É importante neste momento estarmos com nossas crianças protegidas. Infelizmente essas crianças que não foram vacinadas estão adoecendo de forma grave”, disse o secretário da saúde da Paraíba.
De acordo com o gestor, um dos principais obstáculos enfrentados pela secretaria têm sido a resistência dos pais de levarem seus filhos para serem vacinados contra a influenza, que já matou, ao total, 10 pessoas na Paraíba.
“A Paraíba precisa vacinar 90% da população de risco, que envolve aí idosos acima de 60 anos, crianças de 6 meses a menores de seis anos, gestantes, puérperas, trabalhadores da saúde, caminhoneiros, profissionais da força de segurança. A influenza volta à cena. Metade dos 18 óbitos por SRAG são por influenza”, afirmou Jhony Bezerra.
A Paraíba tem melhor cobertura vacinal contra influenza do país, com 36,12% do público-alvo vacinado. A média nacional é de 25,65%. Os casos, no entanto, preocupam. Até o dia 6 de maio, a SES registrou 77 – um aumento de 234% em relação ao mesmo período do ano passado.
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