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Samu-JP orienta como evitar acidentes domésticos com crianças e adolescentes

 

Profissionais do Serviço de Atendimento Móvel de Urgência de João Pessoa (Samu-JP) orientam os pais ou responsáveis por crianças e adolescentes sobre a adoção de cuidados preventivos para evitar acidentes domésticos. A falta de atenção nesses casos pode resultar em acidentes como cortes, queda, queimadura ou afogamento. No primeiro trimestre de 2023, o Samu-JP registrou 643 ocorrências, através do 192 – serviço que funciona 24 horas por dia, com ligação gratuita, realizada de um aparelho móvel ou fixo.

Os dados do relatório do Samu-JP se referem aos números de atendimentos de: queda da própria altura, 459 casos; ferimentos corto-contuso (ferimento produzido por instrumento cortante) 52 casos; intoxicação exógena (substâncias químicas, a exemplo de medicamento), 83 ocorrências; queimaduras – 11 casos; afogamento – 8 chamados; engasgos – 14 chamados; acidentes por animais peçonhentos – 10 casos, e eletroplessão (choque elétrico acidental) – 06 ocorrências.

O maior número de registro foi de quedas – 167 em janeiro, 143 em fevereiro e 149 em março. Na avaliação do médico e coordenador geral do Samu-JP, Galileu Machado, as ocorrências têm relação com as férias escolares, encontros familiares e com amigos, períodos que as crianças e adolescentes estão a maior parte do tempo se divertindo, correndo ou brincando.

Em seguida vêm os registros por intoxicação exógena, 83 casos, – causada pelo contato com substâncias químicas que prejudicam o organismo das pessoas, podendo provocar danos graves e até a morte. Os sinais e sintomas são de fácil identificação, entre eles vômito, salivação excessiva, sonolência, desorientação, dificuldade de respirar, desmaio, convulsão, lesão, queimadura ou vermelhidão na pele, boca e lábios.

Os pais ou responsáveis devem estar atentos, ainda, a cheiro característico de algum produto na pele, roupa, piso ou objetos ao redor e, também, a alteração súbita do comportamento ou do estado de consciência da criança ou adolescente. Ao perceber algumas dessas alterações devem procurar, imediatamente, ajuda na emergência.

Também foram registrados casos envolvendo animais peçonhentos. Para evitar picadas de cobras, escorpiões, aranhas, entre outros, é importante eliminar os locais onde eles costumam se abrigar, como telhas empilhadas, madeira, tijolos, folhagens ou entulhos nos jardins e quintais. Importante também sacudir roupas e calçados antes de usar.

Isabele, 05 anos, foi picada por um escorpião no quarto de casa no bairro Castelo Branco. “O escorpião estava no chão do quarto e assim que ela entrou foi picada. Ficamos muito preocupados porque além da dor no local e da vermelhidão, ela ficou gelada e vomitando. Passou muito mal”, conta a enfermeira Fabíola Brito, mãe da menina.

Já Vera Lúcia, mãe de três crianças pequenas, arrumou um jeito de contar com a ajuda das crianças. “Comprei um saquinho com bichinhos de plástico como aranha, escorpião, cobra, entre outros. Daí juntei meus filhos e os amiguinhos e fui mostrando e dizendo que era perigoso e que se eles vissem um daqueles bichos, corressem e chamassem papai ou a mamãe”, conta.

O coordenador geral do Samu-JP ainda faz algumas orientações aos pais ou responsáveis. “Antes de acionar o serviço de urgência do Samu-JP, a pessoa deve buscar informações sobre o estado do paciente, se está consciente, se sente dor, se há sangramento, se tem dificuldade para respirar, além da idade e sua localização, entre outras informações que irão facilitar e agilizar o nosso atendimento à vítima”, orienta Galileu Machado.

Previna-se:

  • posicione alimentos quentes no centro da mesa;
  • use as bocas da parte de trás do fogão;
  • cuidado com ingestão de frutas com caroço ou sementes;
  • cuidado com objetos cortantes (faca, alicate, tesoura, ralador, entre outros);
  • evite toalhas nas mesas com barras grandes para a criança não puxar;
  • carregue o celular em tomadas de difícil acesso para as crianças;
  • proteja as tomadas da residência;
  • instale redes de proteção na varanda e em janelas (apartamento);
  • instale tela de proteção na piscina;
  • não deixe crianças sozinhas próximo à piscina;
  • não use objetos de vidro na decoração;
  • cuidado com armazenamento de produtos de limpeza, inflamáveis e remédios;
  • dificulte o acesso de crianças à cozinha, piscina, varandas e janelas.
  • Não utilizar venenos para ratos na forma de iscas, pó ou granulado em locais onde crianças e animais de estimação possam alcançá-los e comê-los;
  • Cuidado com plantas tóxicas ou com espinhos;
  • Evitar acúmulo de telhas, tijolos, madeira, folhagens ou entulho nos jardins e quintais, porque são esconderijos de animais peçonhentos (cobras, escorpiões, aranhas, etc.).
  • Texto: Ângela Costa
    Edição: Felipe Silveira
    Fotografia: Arquivo/Secom

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