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Número de famílias endividadas tem redução na Paraíba em março

O número de famílias endividadas na Paraíba apresentou uma pequena redução no mês de março, de acordo com Pesquisa de Endividamento e Inadimplência do Consumidor (Peic), realizada mensalmente pela Confederação Nacional do Comércio de Bens, Serviços e Turismo (CNC). No estado, foi registrado que 83,1% das famílias estavam endividadas no mês em análise, percentual inferior aos 84,7% verificados em fevereiro e 83,5% em janeiro.

A pesquisa mostra ainda que as famílias com conta em atraso totalizam 5,8%, o menor percentual de inadimplência do país. Já no recorte das famílias que não terão condições de pagar as dívidas em atraso, o percentual é de 3,4%, inferior à média nacional,que ficou em 12%.

O Paraná foi o estado que apresentou o maior nível de endividamento (90,5%) no mês. Em março, 18 estados apresentaram percentual acima do resultado nacional (78,1%). Em relação à inadimplência, o Rio Grande do Norte foi o estado que teve maior nível de famílias com contas em atraso (57,4%). Enquanto o Amazonas revelou o maior nível de famílias sem condições de pagar as dívidas atrasadas (22,1%).

Ao Pauta Real, o economista Vitor Nayron explicou que no contexto macro, a redução da taxa de juros acaba favorecendo para a tomada maior de crédito por parte das famílias. Ele exemplificou ressaltando que a pesquisa mostra que o tipo de dívida predominante nas famílias brasileiras é o cartão de crédito.

“A pesquisa de endividamento inadimplência do consumidor é extremamente importante porque lança olhar sobre o perfil de endividamento das famílias brasileiras. No mês de março houve aumento no nível de endividamento e inadimplência principalmente quando a gente olha para aquelas famílias com nível de renda mais baixo, que geralmente utilizam as opções de crédito que tem disponível para complementar a renda”, avaliou o economista.

Ele esclareceu a diferença entre o endividamento e inadimplência: “O endividamento é aquela família ou pessoa que tem algum tipo de empréstimo, tomou algum tipo de crédito no mercado. Pode ser a utilização no cartão de crédito, uma fatura que ainda não venceu, o financiamento do carro, da casa ou até mesmo um crédito pessoal. Inadimplente é quando há a dívida, ela venceu, mas o consumidor não conseguiu pagar”, concluiu.

Grupo de menor renda puxa endividamento

As famílias consideradas de baixa renda (até 3 salários mínimos) impulsionaram o endividamento no mês (79,7%), com alta mensal de 0,5 p.p. e anual de 0,8 p.p. Já os outros grupos apresentaram redução ou estabilidade no percentual. Além disso, a faixa de famílias com menor renda foi responsável pelo aumento das dívidas em atraso, na comparação mensal, um acréscimo de 0,6 p.p.

Já o aumento das famílias que não terão condições de pagar as dívidas em atraso ocorreu apenas nas faixas de renda intermediárias (de 3 a 5 e de 5 a 10 salários mínimos).

A faixa de baixa renda apresentou a maior necessidade de recorrer ao crédito, assim como a maior dificuldade de amortizar essas dívidas. Porém, revelou melhora do indicador de expectativa para pagar essas contas atrasadas, reflexo dos programas sociais e de auxílio ao crédito.

Dívidas no cartão de crédito sobem

Nas modalidades de crédito, o cartão de crédito obteve a maior participação no volume de endividados no mês, sendo utilizado por 86,9% do total de devedores, um aumento de 0,8 pontos percentuais na comparação com o mesmo mês do ano passado e estável diante de fevereiro de 2024.

“O momento mais favorável dos juros, com menor custo, tem contribuído para uma maior demanda das famílias por crédito, sobretudo, parcelado”, afirma o presidente da CNC, José Roberto Tadros. De acordo com o Banco Central, o saldo das operações de crédito para pessoas físicas subiu 1,1% em janeiro de 2024.

Os principais indicadores da Pesquisa são:

⦁ Percentual de famílias endividadas – consumidores que declaram ter dívidas na família nas principais modalidades;
⦁ Principais tipos de dívida – entre cartão de crédito, cheque especial, cheque pré-datado, crédito consignado, crédito pessoal,
carnês, financiamento de carro, financiamento de casa e outras dívidas;
⦁ Nível de endividamento – entre muito, mais ou menos ou pouco endividados;
⦁ Tempo de comprometimento com dívidas – até três meses, de três a seis meses, de seis meses a um ano e maior que um ano;
⦁ Percentual de famílias com contas/dívidas em atraso – consumidores com contas ou dívidas atrasadas no mês;
⦁ Percentual que não terá condições de pagar dívidas – percentual dos que afirmam que não terão condições de pagar as contas
e/ou dívidas em atraso no próximo mês e, portanto, permanecerão inadimplentes;
⦁ Tempo de atraso no pagamento – até 30 dias, de 30 a 90 dias e mais que 90 dias.

 

MaisPB

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