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Viih Tube internada na UTI: entenda o que é a hemorragia pós-parto

A influenciadora Viih Tube foi internada na Unidade de Terapia Intensiva (UTI) nesta quinta (14/11), três dias após o nascimento do segundo filho, Ravi. Com uma hemorragia pós-parto, a jovem de 24 anos precisou receber transfusão de sangue.

Na quarta-feira (13/11), Viih contou, nas redes sociais, que teve um parto complicado. “Que uó, o que eu mais queria era ter conseguido o normal, tanto que fiquei 19 horas em trabalho de parto. Mas não iria arriscar meu filho ou a mim. Depois conto o que aconteceu, as intercorrências que aconteceram, mas fui direto para a cesárea”, explicou.

Em nota à imprensa, a equipe dela informa que a influenciadora e o bebê não correm risco. “A Viih Tube está na UTI, pois precisou de uma transfusão de sangue. Mas se recupera bem, acompanhada pela mãe”, diz a nota.

Riscos da hemorragia pós-parto

A hemorragia pós-parto é um quadro de saúde preocupante se não for tratado a tempo. Estimativas da Organização Mundial da Saúde (OMS) indicam que 14 milhões de mulheres têm a condição por ano e, destas, cerca de 70 mil morrem.

Segundo a obstetra Wilza Márcia Ferreira Batalha, coordenadora do serviço de Ginecologia e Obstetrícia do hospital Anchieta, em Ceilândia (DF), é considerada hemorragia pós-parto quando a mulher perde mais de 500 ml de sangue nas primeiras 24 horas após o parto vaginal ou mais que um litro após o parto cesáreo.

“Os índices de perda sanguínea, porém, são muito difíceis de mensurar no parto ou nas horas que o seguem. Por isso, na prática, qualquer perda de sangue que cause instabilidade hemodinâmica é considerada. São várias as causas possíveis, desde uma falta de contração do útero no momento do parto até traumas e lacerações”, explicou ela em entrevista anterior ao Metrópoles.

Risco de atonia uterina

Ainda não há detalhes sobre o que causou o sangramento em Viih Tube. Porém, a complicação mais relacionada às hemorragias pós-parto é a falta de contrações no útero, a atonia uterina. Neste caso, o corpo não consegue eliminar naturalmente a placenta e fazer a coagulação dos vasos sanguíneos, o que leva a um sangramento execessivo e pode causar o óbito da paciente.

“Se o útero não se contrai após o nascimento do bebê, pode ser necessária a transfusão sanguínea para a mãe ou até medidas mais fortes, como a retirada do útero. A paciente pode morrer em casos mais complexos”, explica a ginecologista e obstetra Fabiana Ruas, coordenadora da Maternidade do Hospital São Luiz Anália Franco, em São Paulo.

Segundo a médica, porém, tratamentos medicamentosos e até alguns aspiradores especiais podem controlar a atonia e evitar suas complicações, caso ela seja detectada à tempo.

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METROPOLES

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