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Vale a pena comprar um carro usado com quilometragem alta?

Imagine essa situação: você está procurando um carro usado e encontra um anúncio bastante atraente na internet. O veículo aparenta estar em ótimas condições: o estofamento está bem conservado, os pneus acabaram de ser trocados e só teve um único dono desde quando saiu da concessionária. Só que toda sua animação acaba ao ver a foto do hodômetro: mais de 100 mil quilômetros rodados com poucos anos de uso.

Se você já passou por essa situação e se identificou, saiba que um carro usado com alta quilometragem pode ser um ótimo negócio — especialmente para quem anda com a grana curta. Basta analisar alguns detalhes importantes para fazer a escolha certa.

Prefira os carros “de estrada”

 

Na maioria dos casos, esses carros rodam bastante em pouco tempo porque são “estradeiros”. Isso significa que o uso se dá na maior parte do tempo em rodovias, o que pode ser benéfico para a vida útil dos componentes.

“Carros que rodam na cidade e ficam naquele “anda e para” têm um maior desgaste, naturalmente. Já os que andam em estradas, em velocidade de cruzeiro, tendem a ter uma depreciação menor”, afirma Diego Riquero Tournier, chefe de treinamento da Bosch.

Veículos poucos rodados que são utilizados diariamente costumam percorrer trajetos curtos, seja no deslocamento para o trabalho ou para idas ao supermercado, por exemplo.

Distâncias curtas impedem que o motor atinja a temperatura ideal de funcionamento e não permitem que o óleo alcance a viscosidade correta. Isso faz com que o conjunto exerça maior esforço para movimentar as peças, abreviando a vida útil de alguns componentes vitais, como a caixa do câmbio e o próprio motor.

Em contrapartida, carros que realizam viagens longas em estradas bem pavimentadas costumam atingir a condição de rotação constante, considerada como a ideal para a operação do motor. “O carro pode acumular alta quilometragem, mas esses elementos não desgastam tanto”, diz Diego.

Investigar o passado também é importante para descobrir mais sobre o estado de conservação do veículo. Se for possível, vale a pena questionar o dono sobre as condições de uso do carro. Caso a compra seja realizada diretamente com um lojista, peça para verificar o manual do proprietário. Lá estarão informadas as revisões realizadas no período em que o veículo esteve sob garantia de fábrica — e até outras manutenções que possam ter sido feitas na rede autorizada se o dono foi zeloso.

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