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Trauminha de Mangabeira já afastou mais de 20 servidores por assédio a pacientes, diz diretor

Mais de 20 servidores do Complexo Hospitalar de Mangabeira, o Trauminha, já foram exonerados no período de um ano e meio suspeitos de assediar pacientes da unidade hospitalar para que eles fossem transferidos para hospitais particulares e pagassem por serviços que teriam direito de graça. A informação foi confirmada nesta segunda-feira (7) pelo diretor do Trauminha, o médico Alexandre César da Cruz, que disse que a fiscalização permanece e que outras exonerações ainda poderão acontecer.

De acordo com Alexandre César, só foram exoneradas aquelas pessoas cuja participação do esquema irregular foram confirmadas, que outras denúncias continuam sendo apuradas. Ele explicou ainda que foram afastados maqueiros e pessoas da recepção. E que, embora haja uma denúncia contra um médico, ela ainda está na fase de apuração, de forma que nenhum médico chegou a ser afastado ainda.

As investigações internas mostravam sempre o mesmo padrão. Pessoas eram internadas no hospital e ficavam a espera de algum procedimento cirúrgico. Era nesse momento que acontecia o assédio por parte de alguns dos servidores do hospital. Eles chegavam ao paciente e diziam que o hospital estava sem equipamentos e que, por isso, a cirurgia demoraria para ser realizada. Em paralelo a isso, eles indicavam algum local em que a cirurgia poderia ser feita, mas mediante pegamento.

“Alguns pacientes pediam alta a sem realizar a cirurgia e se transferiam para outras unidades. Isso nos chamou atenção e descobrimos que muitos deles eram assediados”, explicou.

G1PB

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