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Tesouro direto paga taxas de mais de 13% após IPCA-15 além do esperado

Os títulos públicos chegaram a pagar taxas de 13%, nesta quinta-feira (24), impulsionados pelo aumento de 0,54% da prévia da inflação, medida pelo Índice de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA-15).O reajuste dessa taxa é visto como uma precificação de uma próxima subida da taxa básica de juros, a Selic. O próximo encontro do Comitê de Política Monetária do Banco Central (Copom), que decide a Selic, deve ser entre os dias 5 e 6 de novembro.

“Essa prévia maior da inflação, na curva longa, já começa a precificar uma taxa de Selic maior, isso se vê através do aumento do juro dos títulos públicos, de 13%. Isso já é uma prévia da perspectiva do mercado em relação ao aumento da taxa de juros”, observa Carlos Castro, planejador financeiro especializado em renda fixa.

No Tesouro Prefixado com juros semestrais e prazo de vencimento em 2027 pagou 12,96% e o para 2031, ultrapassou a marca dos 13% — mas fechou a 12,90%, após o ministro da Fazenda, Fernando Haddad, sinalizar no meio da tarde um compromisso de manter a inflação dentro da meta e com o arcabouço fiscal.

“Isso já é uma precificação da taxa de juros, dada a perspectiva de inflação subindo além do que o BC vem sinalizando”, afirma Castro.

A surpresa no aumento da prévia da inflação, segundo análise da Warren Investimentos, veio em decorrência dos efeitos da seca e o repasse cambial. “A surpresa altista do grupo de alimentação no domicílio veio bastante espalhada, com altas em in natura, carnes bovinas, grãos e leite e derivados. Para 2024, esperamos que o grupo de alimentação no domicílio apresente uma variação de 8,2%, com carnes encerrando o ano em 9.5%. Para 2025, projetamos variações de 5,55% e 10% para ambos, respectivamente”, diz.

 

CNN Brasil

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