TCU vai investigar gastos sigilosos de Bolsonaro no cartão corporativo durante a campanha
Segundo relatório que motivou investigação, houve aumento de 108% nos gastos do cartão durante o período eleitoral de 2022
O Tribunal de Contas da União (TCU) aprovou, por unanimidade, um pedido de investigação sobre a legalidade dos gastos sigilosos do ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) no cartão corporativo durante o período eleitoral. O pedido foi feito pela Comissão de Fiscalização Financeira e Controle (CFFFC) da Câmara dos Deputados, com base em um relatório do ex-deputado federal Elias Vaz (PSB-GO), e acolhido pelo tribunal nesta quarta-feira (15).
Na decisão, o TCU destaca o “aumento expressivo” nos gastos sigilosos pagos com o Cartão de Pagamento do Governo Federal (CPGF) durante o período eleitoral de 2022, se comparado com o mesmo período de 2021, e afirma que o caso “requer a realização de fiscalização para verificação da legalidade e legitimidade destas despesas”.
O relator do processo, ministro Antonio Anastasia, entendeu que o processo de investigação deve correr em sigilo, “uma vez que conterá informações que podem colocar em risco a segurança de altas autoridades, em especial o presidente e vice-presidente da República”.