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Taxa de juros inibe projeto do governo Lula, diz Pacheco

O presidente do Senado, Rodrigo Pacheco (PSD-MG), afirmou nesta 2ª feira (22.mai.2023) que a discussão sobre a autonomia do BC (Banco Central) veio à tona com a alta da taxa de juros. Para o senador, a Selic atual inibe a política social do governo do presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT).

No momento atual que o Brasil vive, em um novo governo com apelo social forte, com enfrentamento a problemas sociais graves que temos em nosso país, com a necessidade premente de fazer a economia acelerar, gerar emprego para combater fome, miséria e exclusão, obviamente que a taxa 13,75% ao ano é inibidora desse projeto de governo”, disse durante debate sobre a autonomia do BC promovido pelo jornal Folha de S.Paulo. 

Pacheco defendeu ser necessário encontrar um “caminho” o mais rápido possível para reduzir a taxa de juros. O presidente do Senado afirmou ainda que o Congresso já votou diversas reformas com impacto econômico e a suposta necessidade de mais não seria argumento para manter a taxa alta.

O senador afirmou ainda que a reforma administrativa já está no horizonte e o novo marco fiscal deve ser votado essa semana.“É um regime fiscal que considero que foi o possível de ser feito. É o melhor possível que poderia ser feito nesse momento”, disse

De acordo com Pacheco, a economia brasileira tem todos os elementos possíveis para reduzir a taxa de juros.

A partir do momento que o Banco Central autônomo tiver a compreensão de que juntamente com seus critérios técnicos deve haver também critérios políticos e sensibilidade social para as necessidades mais prementes do Brasil, eu não tenho dúvida que nós chegaremos à conclusão futura de que a autonomia do Banco Central foi um acerto”, disse o presidente do Senado.

Pacheco também que o tempo irá dizer se a autonomia do BC foi acertada. Disse ainda que na sua opinião, foi uma decisão acertada.

CAMPOS NETO

O presidente do BC (Banco Central), Roberto Campos Netofalou no evento antes da participação do presidente do Senado. Disse que imaginava um reconhecimento de Lula pelo trabalho da autoridade monetária durante as eleições presidenciais de 2022, quando aumentou os juros para “garantir que, independente de quem ganhasse, fosse um mandato onde a inflação seria mais comportada”.

O presidente tem direito de entrar num debate sobre taxa de juros. Está acontecendo em vários outros países. […] Eu confesso que, depois de ter subido os juros no ano eleitoral, na forma como a gente subiu, para garantir que, independente de quem ganhasse, fosse um mandato onde a inflação seria mais comportada, confesso que eu imaginei que isso fosse ser reconhecido”, afirmou Campos Neto.

Poder360

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