A 20ª edição da Tardezinha Inclusiva, neste domingo (27), proporcionou momentos de inclusão e socialização para crianças autistas, T21 ou com algum tipo de deficiência. O Centro Cultural de Mangabeira foi cenário de muitas brincadeiras e uma série de atendimentos para os pequenos e para as famílias, onde também foi palco para o Baile TEA. Realizada pela Fundação Cultural de João Pessoa (Funjope), em parceria com a Associação Paraibana de Autismo (APA), a iniciativa faz parte do projeto Somos Capazes – Inclusão pela Arte.
“Essa experiência que fazemos com a Tardezinha Inclusiva, que está completando dois anos, é muito gratificante para toda equipe da Prefeitura de João Pessoa, porque é uma prova viva de que é possível incluir e integrar crianças autistas, com T21 e outras deficiências, por meio da arte e da cultura”, declarou o diretor executivo da Funjope, Marcus Alves.
Ele observou que, a cada mês, percebe-se que o projeto cresce, aparecem novos parceiros, pessoas interessadas em estar presentes, sobretudo, o sucesso nas famílias. “Os pais, as mães que têm filhos autistas se sentem extremamente acolhidos e pertencentes ao projeto. A Tardezinha nasceu de uma partilha com as famílias que adotaram a ação e daí veio o sucesso nessa experiência. O prefeito Cícero Lucena e a primeira-dama Lauremília Lucena estão de parabéns pelo estímulo que nos dão para continuar com esse projeto”, acrescentou.
Hosana Carneiro, presidente da APA, destacou a importância de acolher essas famílias. “A Tardezinha Inclusiva teve muitas famílias felizes com o cuidado que temos de fazer sempre o melhor para acolher. São famílias que já têm dificuldades e aqui elas vêm esquecer um pouco os problemas do dia a dia. Aqui é um lugar também de superação, de ativar bons neurônios, a felicidade, de acreditar em momentos bons. Nosso evento foi um sucesso, com a presença do diretor da Funjope, que está sempre aqui passando confiança às famílias”, avaliou.
Nik Fernandes, uma das organizadoras do evento, lembrou que foi comemorado o dia dos pais, mas também das ‘pães’. “Geralmente, as famílias atípicas têm mais mães solo e é importante para a criança que não tem a presença do pai saber que a mãe está na luta por ela. Cada vez mais estamos mostrando que o autista pode estar em todos os lugares, e a Tardezinha vem reforçando isso”, disse.
A coordenadora de recursos humanos, Glauce Cavalcanti, que mora no município de Cabedelo, levou os dois filhos cadeirantes para a Tardezinha. “Foi um dia muito especial, a homenagem aos pais, uma festa e uma grande alegria. A Tardezinha é essa energia positiva, inclusão e acolhimento e nós não perdemos nenhuma vez”, observou.
Diversão – A programação contou com show da Turma Tá Blz, com Nik Fernandes e Jhony Fernandes; e convidados como o Mágico Smith; cantores mirins Lucas e Rafaell Star; cantora Estella, do programa Canta Comigo; cantor Nilson Muniz. Teve apresentação de Lucas e Beatriz, crianças autistas, e ainda apresentação de dança de 30 crianças da Escola Municipal Aruanda.
A criançada também se divertiu com os palhaços Kika e Baba Baby e com os personagens The Flash e Homem de Ferro, brinquedos infláveis. O Aquário Paraíba também fez atividades com uma sereia para encantar as crianças que participaram do evento.
Diversão e cuidado – Crianças puderam participar de oficinas como a de gesso, com o Espaço Happy; oficina com a equipe Mundo Mágico, de Campina Grande, com a oficina de pintura facial; oficina de artes, do Colégio Impactos; oficina de cosplay, do projeto Imaginação; oficina de nutrição, com a nutricionista Janete Diniz, da Clínica Multidisciplinar Metamorfose; fonoaudiologia, com Linzabelly Souza; psicopedagogia, com Sabrina Medeiros.
Para as mães foram realizadas oficinas de beleza com a equipe PGP, comandada por Sandra Duartti, e pelo salão de beleza Studio Lidy, com cortes de cabelo.
A Feirinha Inclusiva, com artigos produzidos pelas mães, contou com diversos expositores com produtos como alimentação e artesanato.
Parceiros – Entre os parceiros estão as empresas Isis e Iane, Sindicato dos Motoristas, equipe Cabana Bakana, Sofia Festas.
Elas contaram ainda com o atendimento das assistentes sociais da Secretaria de Desenvolvimento Social (Sedes), da equipe de enfermagem da Escola Técnica São Vicente de Paula, e apoio da psicóloga Clidis Sampaio no acolhimento das famílias atípicas.
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