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Sul-coreanos mandam balões recheados de dólares, vídeos de k-pop e panfletos contra Kim Jong-un para a Coreia do Norte

Em resposta aos balões com fezes e lixo, milhares de dólares, k-pop e propaganda política.

Um grupo de ativistas da Coreia do Sul mandou nesta quinta-feira (6) dez balões com dinheiro e pen drives com música sul-coreana para a vizinha Coreia do Norte. Os artefatos também carregavam panfletos gigantes com propaganda contra o líder norte-coreano, Kim Jong-un.

A ação acontece após a Coreia do Norte enviar cerca de 3,5 mil balões para o Sul com lixo e fezes. No fim de maio, o governo de Pyongyang disse que a ação era uma retaliação ao envio de balões de ativistas sul-coreanos.

O novo envio partindo da Coreia do Sul foi promovido por um grupo que tem a participação de desertores da Coreia do Norte. Os 10 balões foram lançados de uma cidade que fica na fronteira.

Segundo o grupo, junto com os balões, foram enviados:

  • 200 mil panfletos com críticas ao regime de Kim Jong-un;
  • 5 mil pen-drives com vídeos de k-pop e dramaturgia sul-coreana;
  • 2 mil notas de US$ 1.

Em um dos balões, os ativistas colocaram uma foto de Kim Jong-un com a irmã e escreveram a seguinte mensagem:

“O inimigo do povo Kim Jong-un enviou sujeira e lixo para o povo da República da Coreia (do Sul). Mas nós, desertores, enviamos verdade e amor aos nossos compatriotas norte-coreanos”. 

A Coreia do Sul desencoraja ativistas a enviarem balões, afirmando que ações do tipo não contribuem para a paz. Uma lei proibindo a prática chegou a ser aprovada em 2021, mas foi derrubada pela Suprema Corte sob o argumento da liberdade de expressão.

Recentemente, o envio de balões entre os dois países marcou uma nova crise na península, levando a Coreia do Sul a suspender um acordo de 2018 para reduzir as tensões com a Coreia do Norte. Com isso, atividades militares foram retomadas na região de fronteira.

Balão trouxe cartaz com mensagem criticando Kim Jong-un — Foto: Reuters

Balão trouxe cartaz com mensagem criticando Kim Jong-un — Foto: Reuters

G1

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