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STF decide nesta terça se Moro vira réu por supostamente caluniar Gilmar Mendes

O STF (Supremo Tribunal Federal) decide nesta terça-feira (4) se recebe a denúncia apresentada pela PGR (Procuradoria-Geral da República) contra o ex-juiz e atual senador Sergio Moro (União Brasil-PR) por supostamente caluniar o ministro do STF Gilmar Mendes em um vídeo. Se a corte aceitar, o parlamentar vira réu.

O julgamento será na Primeira Turma, que é composta pelos ministros Alexandre de Moraes, Cármen Lúcia, Luiz Fux, Cristiano Zanin e Flávio Dino.

Em abril do ano passado, o senador foi filmado em um local público enquanto comprava uma bebida. Uma mulher o abordou e disse: “Está subornando o velho”. A resposta do parlamentar foi: “Não, isso é fiança… Instituto… Para comprar um habeas corpus do Gilmar Mendes”.

No mesmo mês, a PGR apresentou uma denúncia ao STF contra Moro. No documento, a PGR afirma que o senador fez a afirmação “livre, consciente e ciente da inveracidade de suas palavras, durante evento em dia, hora e local não sabidos na presença de diversas pessoas”.

De acordo com a PGR, Moro cometeu o crime de calúnia, cuja pena prevista no Código Penal é prisão de seis meses a dois anos e multa. O órgão, contudo, pediu que a punição seja aumentada em um terço, visto que Mendes é um agente público com mais de 60 anos de idade.

A defesa do senador pediu ao Supremo a rejeição do pedido de denúncia e solicitou à corte que determinasse a investigação pela Polícia Federal de três perfis que teriam divulgado e editado o vídeo no qual ele faz as supostas declarações caluniosas.

Em entrevista no ano passado após o episódio, o senador disse que as falas foram descontextualizadas. “Quero registrar minha indignação com a denúncia oferecida pelo procurador-geral da República nesta data. Na sexta-feira, pessoas que eu desconheço, mas mal-intencionadas, editaram fragmentos de uma fala, tiraram essas falas de contexto e publicaram na internet com um único objetivo. Vamos deixar muito claro. Com o único objetivo de me indispor com o Supremo Tribunal Federal”, afirmou.

R7

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