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Sessão sobre Parkinson é marcada por emoções e defesa da maconha medicinal

A Câmara de João Pessoa promoveu nesta sexta-feira (2) uma sessão especial sobre o mal de Parkinson. A cerimônia foi presidida pelo vereador Odon Bezerra (PSB) e contou com depoimentos de médicos e especialistas sobre o distúrbio do sistema neurológico.

Durante os debates, o socialista prestou um depoimento pessoal de uma situação vivida em 1995. Ele relatou ter sido procurado por pais e mães que têm filhos acometidos com Parkinson para trazer ilegalmente para o Brasil a medicação do canabidiol.

A experiência vivida, segundo Odon Bezerra, fez ele mudar seu ponto de vista em relação ao tratamento alternativo do distúrbio do sistema neurológico com a maconha medicinal. O vereador alegou ter sido comovido após relatos de responsáveis por pacientes.

“Em 1995, eu fui instado (solicitado) por umas mães que eu abraçasse uma medicação que elas traziam dos Estados Unidos clandestinamente, que era o canabidiol. Em primeiro lugar eu tive a repulsa porque o canabidiol é um derivado da maconha, uma droga rejeitada pela sociedade. Uma mulher me convenceu. Ela disse que a filha dela tinha cerca de 30 convulsões por dia e que com o canabidiol ela tinha uma, duas, ou nenhuma. Eu abracei essa causa. Se é uma droga que pode trazer benefício à população porque não usar?”, relatou o parlamentar socialista.

Ao longo da sessão, também usaram a tribuna para falar sobre a doença o médico neurologista Emerson Magno, a diretora geral da policlínica de Mangabeira, Danielle Melo, além do representante da academia paraibana de medicina, Dr Geraldez Tomaz.

Por fim, encerrando a cerimônia, uma paciente acometida pelo mal de Parkinson, identificada como Micheline, de 51 anos, fez um discurso emocionado falando sobre o diagnóstico da doença.

“Tenho dois filhos, um tá fazendo fisioterapia, diz que vai ajudar mamãe. Passei por quatro neurologistas, não acreditei, passei dois meses sem andar e depressiva sem aceitar. Como professora de educação foi um confronto para mim. Como professora de hidratação, hidroginástica. Sou forte, sou corajosa, sou ousada e confio no Senhor. É a primeira vez que tô falando em público que tenho Parkinson. Não é para vitimizar, mas para a gente lutar”, completou.

MaisPB

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