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Seca e ondas de calor em 2023 custarão R$ 700 milhões a mais na conta de energia

Dados são da Agência Nacional de Energia Elétrica (Aneel) alertam que cenário de secas, ondas de calor e de menor geração eólica em 2023 vai custar, ao todo, R$ 700 milhões a mais que o esperado na conta de energia para quem compra das distribuidoras.

De acordo com o órgão, a pesar da alta, o impacto médio na tarifa de energia vai ser de 0,3%, aplicado nos próximos reajustes tarifários das distribuidoras (entenda mais abaixo).

Os números se referem ao aumento nos Encargos de Serviço de Sistema (ESS) — pago na conta de luz para custear o acionamento de usinas termelétricas em casos pontuais, necessário para garantir a segurança do sistema nacional.

“Isso tem relação com a temperatura também, por conta de ventiladores e ar-condicionado”, concluiu a CCEE.
O consumo de energia bateu recorde em novembro de 2023, por causa do calor. Em novembro e dezembro, a demanda aumentou com o uso de ares-condicionados e equipamentos de refrigeração.

Além disso, segundo Brandão, as hidrelétricas do Norte costumam gerar menos energia nos últimos meses do ano, o que, por si só, motiva o acionamento de usinas termelétricas para suprir o consumo. Contudo, esse comportamento sazonal foi intensificado em 2023 pelo fenômeno climático El Niño, que causou secas na região.

“Normalmente, essas usinas geram muito pouco no segundo semestre. […] No ano passado, como a tivemos uma seca no Norte muito pronunciada, a situação foi ainda pior”, afirmou o pesquisador.

Soma-se a esse cenário a menor geração das usinas eólicas no fim do ano, período em que há uma queda sazonal.

“A geração eólica, na média, é mais intensa entre agosto e outubro. São os meses em que você tem grande geração eólica, o que muito é bom, porque esse é o período seco. Mas, sobretudo quando está chegando o final de um ano e início do seguinte, a geração eólica cai um pouco”, afirmou Brandão.

Houve, então, um cenário de consumo maior que o esperado, por causa do calor, junto a uma redução na geração hidrelétrica, por conta das secas e da geração eólica — cuja queda é comum para esse período do ano.

 

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