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Saiba o que são as ondas de calor e como elas podem impactar o verão de 2024

Em 2023, o Brasil deparou com diversas ondas de calor. No total, esse fenômeno foi registrado nove vezes, com temperaturas que superaram os 40°C em algumas cidades. Mesmo acontecendo com frequência durante este ano, algumas pessoas ainda têm dúvidas sobre o que é uma onda de calor e se elas vão continuar em 2024.

Em entrevista ao R7, a meteorologista Maria Clara Sassaki, do Climatempo, explicou que as ondas de calor “são períodos com temperaturas pelo menos 5°C maiores que o normal, por mais de cinco dias consecutivos”.

Para o Inmet (Instituto Nacional de Meteorologia), o termo “onda de calor” já pode ser aplicado quando as temperaturas ficam de 3°C a 5°C acima da média a partir de três dias consecutivos.

A meteorologista disse ainda que as temperaturas no verão não devem ser tão altas quanto as registradas nas ondas de calor que aconteceram no fim do inverno e durante a primavera.

“Isso acontece porque o verão é mais úmido, mesmo que a chuva não atinja a média climatológica, a atmosfera está mais úmida, e isso controla a temperatura, evitando calor extremo”, explicou Sassaki.

Porém, a profissional afirmou que o fenômeno ainda deve acontecer em 2024. “As ondas de calor podem acontecer até a metade de 2024”, finalizou.

Ano mais quente

A OMM (Organização Meteorológica Mundial) publicou, no último dia 30 de novembro, a versão provisória do Estado Global do Clima 2023. O documento, feito com o apoio do Inmet (Instituto Nacional de Meteorologia), classificou o ano de 2023 como o mais quente em 174 anos de medições meteorológicas.

Segundo a publicação, até outubro deste ano, a temperatura média da superfície global ficou 1,4°C acima da média de 1850-1900. Esse valor superou os registrados nos anos de 2016, com 1,29°C acima da média, e 2020, com 1,27°C acima da média.

Ainda de acordo com o documento, os últimos nove anos, de 2015 a 2023, serão os mais quentes da história. Além disso, a média global de temperatura nos últimos dez anos, de 2014 a 2023, até outubro, ficou 1,19°C acima da média de 1850-1900, sendo a década mais quente já registrada na história.

R7

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