Remédio para ansiedade aumenta chances de sobrevivência de pacientes com câncer cerebral

Um estudo realizado por pesquisadores da SAHMRI (Cedric Bardy do South Austraila Health and Medical Research Institute) e da Flinders University, constatou que o líquido cefalorraquidiano, responsável pela proteção cerebral, torna o câncer no órgão mais resistente ao tratamento.
Para entender a ação do líquido para dificultar o tratamento, os pesquisadores testaram o efeito da substância no crescimento de células tumorais coletadas de 25 pacientes locais com glioblastoma, o tipo de câncer cerebral mais letal.
As descobertas, publicadas no científico Science Advances, relatam que as células tumorais se adaptaram mais rapidamente e se tornaram mais resistentes aos tratamentos do glioblastoma (radiação e o medicamento temozolomida).
Ao investigar a base molecular de tais alterações, os pesquisadores notaram que as células cancerígenas expostas ao líquido eram mais resistentes à ferroptose, uma forma de morte celular induzida pelos tratamentos.
No entanto, os cientistas descobriram, também, que a trifluoperazina, medicamento utilizado para o tratamento de ansiedade, é capaz de tornar tais células sensíveis a esses processos de morte provocado pelas terapias, sem prejudicar as células cerebrais saudáveis.
Os pesquisadores concluíram que a combinação da trifluoperazina com o tratamento padrão pode melhorar a sobrevida dos pacientes com glioblastoma.