A aprovação ao trabalho do presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) chegou a 60% em agosto, segundo pesquisa divulgada nesta quarta-feira (16), pela Genial/Quaest. Esse é o maior índice desde o início da série. Os que desaprovam o governo são 35%, enquanto 6% não sabem ou não responderam.
Essa aprovação do governo foi percebida em todos os segmentos sociais (região, raça, sexo, idade, escolaridade, renda e religião), incluindo até mesmo setores reconhecidamente antipetistas, como os evangélicos. Pela primeira vez desde o início da série, a aprovação do governo entre os evangélicos (50%) é maior que a desaprovação (46%).
Na região Sul, onde Lula e o Partido dos Trabalhadores (PT) são derrotados desde 2006, a aprovação subiu 11 pontos percentuais em relação a junho, de 48% para 59%.
Os resultados da pesquisa apontam que as pautas econômicas, principalmente com a perceptível queda no preço dos alimentos, impulsionaram essa melhora na percepção positiva do trabalho do presidente. Em junho, 28% dos entrevistados diziam que perceberam os alimentos mais baratos. Agora, em agosto, esse número chegou a 36%.
O plano Safra, para apoiar o setor agropecuário, e o Desenrola, programa de renegociação de dívidas, tem alta aprovação do eleitorado. 79% dos ouvidos disseram que gostaram do Plano Safra, enquanto somente 10% reprovaram. Já o Desenrola foi aprovado por 70%, com 16% dos entrevistados dizendo que não gostaram do programa.
Para 34% dos entrevistados, a economia do Brasil melhorou nos últimos 12 meses (em junho, eram 32%). Antes 26%, agora 23% avaliam que a economia piorou. Os otimistas também cresceram: agora 59% acreditam que a economia vai melhorar nos próximos 12 meses, número que em junho era de 56%.
Quando perguntados sobre qual a notícia mais positiva que ouviram sobre o governo Lula, 9% citaram o Bolsa Família de R$ 600, com o acréscimo de R$ 150 por criança. Na sequência, 8% falaram sobre a queda da inflação. 4% lembraram da proteção da Amazônia e dos povos indígenas.
Avaliação do governo
42% dos entrevistados avaliam o governo como positivo, após sete meses e meio de mandato. Em junho o índice era de 37%. Classificam o governo de forma negativa 24% dos ouvidos, ante 27% em junho.
A pesquisa, feita de 10 a 14 de agosto, entrevistou 2.029 brasileiros acima de 16 anos. A margem de erro é de 2,2 pontos percentuais. O nível de confiança é de 95%.
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