Um suspeito de ter ajudado os fugitivos que escaparam do presídio federal de Mossoró, em 14 de fevereiro, foi preso nessa quarta-feira (21/2). Ele chegava à casa dele, por volta das 14h, na localidade de Quixabeirinha, no bairro Aeroporto, em Mossoró, vindo da cidade de Baraúna (RN).
O suspeito teria ido ao estado do Ceará, a uma cidade ainda não informada pela polícia, onde pegou um carro e seguiu até Baraúna. De lá, outra pessoa, ainda não identificada, teria a incumbência de levar o veículo até o local onde supostamente se encontravam os foragidos — Rogério da Silva Mendonça, de 35 anos, e Deibson “Tatu” Cabral Nascimento, de 33.
Após ser preso por força de um mandado de prisão temporária expedido pela Justiça Federal, o homem foi levado à sede da PF. Ele passou por audiência de custódia nesta quinta-feira (22/2) e permaneceu na cadeia. A prisão é temporária, mas pode ser prorrogada por cinco dias.
Com a prisão do suspeito, as buscas se concentraram na cidade de Baraúna durante toda a tarde de quarta-feira. Possivelmente, investigadores tentavam localizar o veículo, bem como encontrar o homem que supostamente levaria o carro aos foragidos. Ainda não foi confirmado se os dois tiveram acesso ao automóvel.
Força-tarefa de 300 agentes
Em 14 de fevereiro, Rogério e Deibson fugiram da Penitenciária Federal de Mossoró (RN) e, desde então, seguem foragidos.
A força-tarefa para encontrar a dupla conta com cerca de 300 agentes federais e estaduais, helicópteros e drones. Apesar do esforço, apenas rastros e pegadas, roupas e restos de alimentos foram encontrados na zona rural.
Deibson “Tatu” Cabral foi sentenciado a 81 anos de prisão em 2015. Ele tem condenações por assaltos, furtos, roubos, homicídio e latrocínio. Apontado pela polícia como fundador do CV no Acre, “Tatu” já participou de uma quadrilha que teria cometido 12 sequestros, incluindo o rapto de um prefeito da Bolívia.
Rogério da Silva, por sua vez, foi condenado a 74 anos de prisão e responde a diversos processos judiciais, que envolvem roubos, associação a facção criminosa e assassinatos.
Metrópoles