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Pé de mandioca gigante de 112 kg levou 4 horas para ser colhido em SC, diz produtor: ‘Nunca vi na vida’

 

O produtor Otávio Hoeppner conta que precisou de ajuda para colher o pé de mandioca de 112 quilos que se desenvolveu no terreno que tem com a esposa, Wilma, em Pomerode, no Vale do Itajaí, em Santa Catarina. Ele e o jardineiro da propriedade vizinha levaram quatro horas para retirar toda a planta da terra, contou.

“Eu comecei a cavar. Quando estava liberando a raiz maior, fui verificar as outras também. Comecei a limpar e cavar, até que senti que estavam começando a soltar. O vizinho tem uma empresa e tem um jardineiro. Ele estava curioso e pedi ‘vem cá, me ajuda. Vem ver o que está acontecendo, nunca vi isso na minha vida'”, disse Otávio, que tem 76 anos.

O pé de mandioca foi colhido em 19 de abril. Juntando as duas raízes principais, tem 2,3 metros. 

Hoeppner contou que a colheita do pé foi feita das 7h30 às 11h30. À tarde, ele colocou a planta em um trator e levou para casa.

O terreno onde estava o pé de mandioca tem pedregulhos e macadame, segundo Otávio. O casal resolveu fazer o cultivo assim mesmo.

“Plantamos 20 e poucos pés. Um sobrou. Não sei dizer o motivo, cada vez que aparecia uma raiz ou rachadura, coloquei terra adubada que eu comprei de um amigo meu. Usei junto com barro vermelho e foi aumentando e deu no que deu”, relatou.

Pé de mandioca com mais de 100 kg é colhido em Pomerode, Santa Catarina — Foto: Tatiane Hansen/Jornal de Pomerode

Pé de mandioca com mais de 100 kg é colhido em Pomerode, Santa Catarina — Foto: Tatiane Hansen/Jornal de Pomerode

 

Na noite de terça-feira (2), quando conversou com o g1 SC, o casal já tinha cortado o pé de mandioca, retirando as partes que não ia usar. Agora, os dois têm 62 quilos do alimento estocados no freezer.

Colheita habitual

 

Normalmente, os produtores de mandioca colhem um pé com peso entre 6 e 8 quilos, afirmou a extensionista rural do escritório de Pomerode da Empresa de Pesquisa Agropecuária e Extensão Rural de Santa Catarina (Epagri), Eneide Barth.

“Quantidades maiores podem ser obtidas em cultivos que estão sob condições ótimas. Esse peso corresponde ao conjunto de raízes de uma planta. O número de raízes varia de acordo com a variedade. Podemos ter duas, três ou mais raízes por planta”, explicou.

Geralmente, o pé de mandioca é retirado um ou dois anos após ser plantado. Otávio e Wilma, porém, fizeram a colheita sete anos depois.

Pé de mandioca gigante colhido em Pomerode — Foto: Raphael Carrasco/Jornal de Pomerode

Pé de mandioca gigante colhido em Pomerode — Foto: Raphael Carrasco/Jornal de Pomerode

“Sendo uma planta perene, se deixar e ter condições de desenvolvimento, ela vai crescer”, disse Barth. Em relação ao pé de mandioca colhido pelo casal, ela disse que a colheita mais tardia e a adubação favorecem o desenvolvimento da planta.

Ela também disse que o pé de aipim, como também é conhecida a mandioca, não é muito exigente em relação ao terreno.

“É uma cultura rústica, pouco exigente. Pelo fato de ser uma cultura rústica, sabe que pode plantar numa terra que outras culturas não aguentam. Porém, ele responde à melhoria das condições de solo, terra arenosa, adubação equilibrada. Pode produzir mais do que o habitual”, explicou.

G1

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