A Paraíba atingiu 69,7% de regularização de dívidas dos consumidores em 2023, segundo estado com melhor desempenho do Brasil. Os dados do Serasa Experiam mostram que os paraibanos que tinham o nome sujo na praça renegociaram suas dívidas e pagaram até uma ou mais dívida. Em 2022 o estado teve um desempenho de 68,7%.
A recuperação de crédito do consumidor no país chegou a 64% e foi considerado o melhor desempenho dos últimos seis anos de pesquisa. O estado do Rio Grande do Sul teve o percentual mais expressivo de dívidas pagas (70,0%), seguido da Paraíba (69,7%), Sergipe (68,9%), Ceará (68,5%) e Góias (67,2%).
Analisando os dados por região, o Nordeste (66,6%) ficou abaixo apenas da região Sul (67,1%). Já os estados com pior desempenho em dívidas renegociadas e pagas foram Roraima (50%), Distrito Federal (55,8%), Amazonas (56,6%), Rondônia (59,6% e São Paulo (60,3%).
Para o economista Cássio Bessaria, o ano de 2023 teve um desempenho econômico de modo geral melhor e acabou influenciando os indicadores de crédito na Paraíba.
“Um regulador do mercado de crédito é justamente a taxa de juros, cenários que as taxas de juros estão em fase de alta, isso tende a diminuir a demanda por crédito e acaba influenciando negativamente esse indicador, mas não foi o que vimos em 2023. O banco Central até determinado período do ano manteve essas taxas estáveis, mas também começou um ciclo de quedas na taxa Selic. Além disso, a medida em que atividade econômica vai se recuperando isso vai influenciar também a demanda por crédito e as condições para se autorizar esse tipo de modalidade”, frisou o economista.
Os principais setores que tiveram mais renegociações pagas foram as dívidas nos bancos e de cartões de crédito com 74,6%. Em seguida vieram as utilities que compreendem a dívida dos consumidores com concessionárias que fornecem água, energia e gás com 63,9%. Outro setor com bom desempenho foi o do varejo que obteve 53,4%.
As dívidas de mais de R$10 mil foram as que tiveram maior volume de negociação e pagamentos. Em seguida são as dívidas entre R$ 500 e R$ 1 mil.
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