Operação Cartola: Justiça condena dirigentes do futebol da Paraíba por fraudes
Por Wallison Bezerra
O juiz José Guedes Cavalcanti Neto, da 4ª Vara Criminal da Capital, publicou, nesta quinta-feira (14), a primeira sentença no âmbito da Operação Cartola, ação do Ministério Público e da Polícia Civil que investigou fraudes no Campeonato Paraibano de Futebol em 2018.
Foram absolvidos:
Francisco Sales Pinto Neto, Alexandre Cavalcanti Andrade de Araújo e Alex Fabiano dos Santos.
Foram condenados:
José Freire da Costa (Zezinho do Botafogo): acusado de organização criminosa, falsidade ideológica e promessa de vantagem para manipular resultados de jogos;
Breno Morais (ex-presidente do Botafogo): acusado de prometer vantagem para manipular resultados de jogos;
Guilherme Carvalho: acusado de organização criminosa e falsidade ideológica;
José Renato Albuquerque (ex-árbitro): acusado de fraudar resultado de competição desportiva;
Os réus condenados terão as prisões revertidas em prestação de serviço à comunidade ou à entidade pública, por sete horas semanais, na forma a ser fixada pelo Juiz das Execuções de Penas Alternativas, de acordo com as aptidões
dos sentenciados e prestação pecuniária no valor de 05 (cinco) salários-mínimos a serem revertidos em favor de instituição de caridade.
O que dizem os acusados
A defesa de Alexandre Cavalcanti, liderada pelo advogado Eduardo Cavalcanti, disse que o investigado “teve sua vida arruinada por uma infundada acusação de fazer parte de uma organização criminosa”.
“Alexandre perdeu emprego, perdeu clientes, seu escritório fechou, teve um infarto que quase o levou à morte por causa desse processo. Foi acusado apenas por emitir um parecer jurídico, já que ele era Procurador do Botafogo na época. Agora se fez justica, cinco anos depois. Ele foi absolvido, é um homem íntegro, honesto, advogado respeitado e professor querido por todos os alunos. Como ele vai recuperar os danos à sua imagem, à sua honra, à sua família e à sua saúde? Nunca. É preciso seriamente repensar o sistema de persecução penal no Brasil”, diz a nota.