A Organização Mundial da Saúde (OMS) afirmou que restam “24 horas de água, eletricidade e combustível” na Faixa de Gaza e que, depois que esse prazo acabar, “uma verdadeira catástrofe” vai se instalar na região. Ahmed Al-Mandhari, diretor regional da OMS para o Mediterrâneo Oriental, pediu autorização para a entrada de comboios de ajuda.
Esse apoio humanitário está preso no portão de Rafah, entre Gaza e o Egito. Por causa dos bombardeios de Israel, essa passagem se encontra fechada. Segundo entrevista de Al-Mandhari para a AFP, se a assistência não chegar, os médicos terão de “preparar atestados de óbito dos seus pacientes”.
Além da OMS, outros pedem entrada de ajuda humanitária
Nas horas seguintes à entrevista, vários funcionários da Organização das Nações Unidas (ONU) passaram a pedir, de forma mais frequente, a entrada desse apoio. Um deles foi o secretário-geral para assuntos humanitários da ONU, Martin Griffiths, que tem conversado com autoridades no Egito e em Israel.
Nesta segunda-feira (16/10), Griffiths afirmou estar trabalhando “para encontrar uma maneira de levar seus suprimentos de ajuda para Gaza”. Segundo ele, o envolvimento de Antony Blinken, o secretário de Estado dos EUA, “foi muito útil”. Blinken voltou a Israel nesta segunda e tem sido um dos principais apoiadores do país no conflito.
As Forças de Defesa de Israel vêm bombardeando a Faixa de Gaza desde o dia 7/10, quando o grupo extremista Hamas promoveu atos terroristas no país vizinho, inclusive com o assassinato de 260 pessoas que participavam de uma rave e a captura de 199 reféns. Desde então, o próprio Hamas continua jogando bombas em Israel.
Metrópoles