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No G20, Haddad pede colaboração para que bilionários deixem de aproveitar os ‘buracos tributários’

O ministro da Fazenda, Fernando Haddad, afirmou nesta quinta-feira (29) que soluções efetivas para que os super-ricos paguem sua justa contribuição em impostos “dependem de contribuição internacional”. Haddad discursou presencialmente no segundo dia de trabalhos da Trilha de Finanças do G20, após se curar da Covid-19.

Segundo o ministro, os países do grupo precisam trabalhar em conjunto para completar a agenda de tributação global “de maneira equilibrada” e garantir as negociações do Pilar 1(entenda mais abaixo)

“Se unirmos esforços […] poderemos continuar avançando e diminuir oportunidades para que um pequeno número de bilionários não continue tirando proveito de buracos no nosso sistema tributário para não pagar sua justa contribuição”, afirmou.

O Pilar 1 é parte de agenda de cooperação tributária internacional que já está em discussão na Organização para a Cooperação e o Desenvolvimento Econômico (OCDE).

O acordo da organização, denominado Imposto Mínimo Global prevê dois pilares. O primeiro é voltado para distribuir os direitos de tributação internacional entre os países, enquanto o segundo estabelece o recolhimento de pelo menos 15% do imposto sobre a renda de grupos multinacionais que possuam um volume de negócios global anual superior a 750 milhões de euros.

Fernando Haddad, ministro da Fazenda, discursa na abertura do segundo dia de trabalhos do G20, em São Paulo — Foto: Diogo Zacarias/MF

Fernando Haddad, ministro da Fazenda, discursa na abertura do segundo dia de trabalhos do G20, em São Paulo — Foto: Diogo Zacarias/MF

Haddad ainda citou um relatório recente feito pelo EU Tax Observatory sobre evasão fiscal. Segundo o estudo, bilionários pagam uma alíquota efetiva de impostos equivalente a algo entre 0% e 0,5% de sua riqueza.

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