A mãe da DJ Shani Louk que havia sido sequestrada em Israel pelo Hamas no ataque de 7 de outubro, informou nesta segunda-feira (30) que a filha está morta. A artista, que tinha 23 anos, participava do festival de música eletrônica Universo Paralello quando foi levada pelo grupo terrorista.
O nome de Shani Louk ganhou o noticiário internacional depois que a mãe dela gravou vídeos de apelo para que a jovem fosse resgatada
O Ministério das Relações Exteriores de Israel também confirmou, pelas redes sociais, que a artista morreu.
“Estamos arrasados em anunciar que o corpo da alemã-israelense Shani Luk, de 23 anos, foi encontrado e identificado. Shani, que foi capturada num festival de música e torturada e desfilada por Gaza por terroristas do Hamas, viveu horrores insondáveis”, diz a mensagem.
“Nossos pensamentos e orações estão com os amigos e familiares de Shani durante esse pesadelo inimaginável. Que sua memória seja uma bênção.”
Nesta segunda, o Ministério da Saúde do Hamas, que controla a Faixa de Gaza, informou que o número de palestinos mortos desde o início da guerra subiu para 8,3 mil. Ao todo, 9,7 mil pessoas morreram no conflito.
Esse número, que não foi confirmado por órgãos internacionais, considera inclui as 1,4 mil vítimas israelenses.
Dias após o começo da guerra, Ricarda chegou a dizer que o vídeo que mostrava o corpo de uma mulher seminua na traseira de uma caminhonete conduzida por integrantes armados do Hamas era sua filha de 23 anos.
Imagens que circulam pela internet mostravam que uma pessoa chega a cuspir no corpo. Três dias depois do início do conflito, em 10 de outubro, Ricarda gravou novo vídeo de apelo com novas informações sobre a filha.
“Temos agora mais informações de que Shani está viva, mas tem um grave ferimento na cabeça e está numa situação crítica. Cada minuto é crítico”, disse a mãe da jovem em um vídeo enviado à mídia da Alemanha à época.
Segundo a revista alemã “Der Spiegel”, as atualizações sobre o estado de saúde da jovem chegavam à família por um amigo dos familiares que está Faixa de Gaza.
Ele enviou uma mensagem à família, mas disse que não foi autorizado a visitar Shani no hospital onde se acreditava que ela estava. “Presumimos firmemente que é Shani”, disse o amigo.
Segundo a “Der Spiegel”, Shani, que tem cidadanias israelense e alemã, nunca morou no país europeu, mas visitou várias vezes os avós em Ravensburg, Baden-Württemberg. Sua mãe, católica que mais tarde se converteu ao judaísmo, emigrou para Israel.
O pai de Shani, também segundo a publicação, é judeu israelense. A família vive a cerca de 80 quilômetros da Faixa de Gaza.
G1