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O ministro Alexandre de Moraes do Supremo Tribunal Federal (STF) se defendeu de críticas do governo americano à Justiça brasileira e agradeceu o ministro Flávio Dino que se manifestou publicamente em sua defesa.
A declaração de Moraes ocorreu na esteira de medidas do governo Donald Trump e do Congresso norte-americano contra ele.
Nesta semana, uma comissão da Câmara dos Estados Unidos aprovou um projeto para barrar Alexandre de Moraes no país.
Chamado de “Sem Censores em Nosso Território”, o projeto prevê a proibição de entrada ou deportação de qualquer pessoa considerada um “agente estrangeiro que infrinja o direito de liberdade de expressão ao censurar cidadãos dos Estados Unidos em solo americano”.
Além disso, a rede social Rumble, que tem ligações com empresas de Trump, acionou Moraes na Justiça americana.]
A alegação de Trump e aliados é que Moraes prejudica a liberdade de expressão quando exige que redes sociais sigam regras da legislação brasileira.
Ao iniciar sua fala, Moraes citou o aniversário de 73 anos da reunião da Organização das Nações Unidas (ONU) em sua sede, em Nova Iorque.
Falou ainda que o ideário da época persiste: “Luta contra o fascismo, nazismo, imperialismo”.
“Nesses 73 anos de inauguração da sede oficial da ONU é importante que reafirmemos compromissos com a democracia, direitos humanos, igualdade entre nações”, declarou.
“Deixamos de ser colônia em 7 de setembro de 1822 e com coragem estamos construindo república cada vez melhor”, completou
“Sem coação ou sem hierarquia entre estratos, é com respeito à autodeterminação dos povos e igualdade entre os países. Como proclamado, inclusive, pelo artigo 4º da nossa Constituição Federal, e bem lembrado hoje, em mensagem do ministro Dino. A quem agradeço e digo, será um grande prazer conhecer a belíssima Carolina do Maranhão, Carolina do Estado do Maranhão em que sua excelência também governou por dois mandatos”, mencionou Moraes.
Barroso
O presidente do STF, ministro Luís Roberto Barroso, saiu em defesa de Moraes. Ele se referiu, sem citar nomes, àqueles que defenderam um golpe de Estado no Brasil.
G1