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Ministro diz que caso de vaca louca deve ser atípico e não há risco à saúde pública

Caso de vaca louca no Pará é tido como atípico, pertinente ao envelhecimento dos animais, diz ministro da Agricultura, Carlos Fávaro

Carlos Fávaro (imagem em destaque), ministro da Agricultura e Pecuária, afirmou nesta quinta-feira (23/2) que as características e os sintomas de um caso de doença da vaca louca em Marabá, no Pará, indicam atipicidade, e não risco à saúde pública. “É muito provável que seja atípico. Um caso normal, comum, pertinente ao envelhecimento das criaturas”, afirmou.

À rádio CBN ele explicou que a confirmação do tipo da doença depende do resultado de exames que serão realizados em Alberta, no Canadá. Até lá, as exportações de carne bovina para a China estão suspensas. “Quando o mercado suspende suas exportações cria um certo temor, e isso balança um pouco o mercado da carne negativamente. Mas nosso trabalho é agir com rapidez e transparência para o mais rápido possível retornarmos à normalidade”, explicou Fávaro.

Em 20 de fevereiro, a Agricultura emitiu um comunicado afirmando que “todas as medidas” estão sendo adotadas pelo governo brasileiro.

“Todas as providências estão sendo adotadas imediatamente em cada etapa da investigação, e o assunto está sendo tratado com total transparência para garantir aos consumidores brasileiros e mundiais a qualidade reconhecida da nossa carne”, ressaltou o ministro Carlos Fávaro em nota.

A fim de contornar a crise após a vaca louca no Pará, o ministro recebeu em seu gabinete o embaixador da China no Brasil, Zhu Qingqiao. “Estamos trabalhando com total transparência e agilidade nas informações sobre o caso de EEB (vaca louca) no Brasil e trataremos todos os nossos parceiros comerciais com máximo respeito”, escreveu em suas redes sociais.

A vaca louca

Em 2021, por mais de 100 dias, o Brasil deixou de exportar carne bovina para a China. À época, o governo havia comunicado dois casos atípicos da doença em Mato Grosso e Minas Gerais.

O animais podem ser contaminados espontaneamente, entre vacas mais velhas, ou por meio de rações feitas com proteína animal contaminada, como farinha de carne e ossos de outras espécies. No Brasil, é proibido o uso desse tipo de ingrediente na fabricação de ração para bovinos.

A doença recebeu essa denominação por provocar comportamento estranho nos bovinos. Entre as manifestações observadas destacam-se as reações exageradas a estímulos externos, dificuldade de locomoção e nervosismo.

Em humanos, a ingestão de carne contaminada é caracterizada pela rápida deterioração mental, geralmente dentro de alguns meses. A maioria das pessoas, eventualmente, entra em coma.

Metrópoles

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