Milei, rei Charles, ‘novo’ Ayrton Senna: Embaixada dos Bonecos Gigantes anuncia novidades do desfile do carnaval 2024
O carnaval de Olinda e Recife vai contar com novos bonecos gigantes em 2024, dando continuidade a uma tradição de mais de um século (saiba mais abaixo). Entre as novas personalidades que serão homenageadas, estão o presidente da Argentina, Javier Milei, e o rei Charles III, do Reino Unido. Além disso, o piloto Ayrton Senna vai ganhar uma nova versão.
As novas figuras foram exibidas durante evento, na noite de segunda-feira (5), na Embaixada dos Bonecos Gigantes, na Rua do Bom Jesus, no Bairro do Recife.
Ao todo, cem bonecos vão desfilar no carnaval em dois cortejos. O primeiro, ocorre na segunda (12), às 10h, na Cidade Alta de Olinda; e o segundo, a partir das 17h, no centro histórico da capital pernambucana.
O criador e produtor da Embaixada dos Bonecos Gigantes, Leandro Castro, disse ao g1 que o presidente argentino e o rei britânico vão se juntar a outros nomes da política mundial, como o ex-presidente dos Estados Unidos e atual pré-candidato à presidência pelo Partido Republicano, Donald Trump, e o presidente da Coreia do Norte, King-Jong-un.
Bonecos do presidente da Coreia do Norte, Kim Jong-un, e do ex-presidente dos Estados Unidos, Donald Trump — Foto: Artur Ferraz/g1
“Sempre houve aquele embate Argentina e Inglaterra. Por que não fazer, no Brasil, em Pernambuco, acabar em frevo, em paz?”, falou Leandro.
Anunciado em junho do ano passado, o boneco do rei Charles vai ganhar as ruas pela primeira vez em 2024. Além dele e de Milei, Leandro Castro explicou que a embaixada está preparando os bonecos do Homem-Aranha e do Mundo Bita.
“A gente ouve muito as crianças. A gente tem o Hulk, o Batman… E um monte de garotinho cobrando: ‘Por que não o Homem-Aranha?”, contou.
Tradição secular
A tradição dos desfiles de bonecos gigantes no carnaval de Pernambuco remonta ao início do Século 20, com inspiração em bonecos europeus.
O primeiro “grandalhão” do estado é Zé Pereira, criado em Belém de São Francisco, no Sertão pernambucano, em 1919. Dez anos depois, foi feita a companheira dele, Vitalina.
Só no início da década seguinte foi que a tradição chegou em Olinda, com a criação do Homem da Meia-Noite, em 1932. Desde então, a confecção dessas figuras enormes se consolidou entre os blocos da cidade, tornando-se uma marca da folia no estado.
G1