Participantes do mercado financeiro melhoraram novamente suas projeções para o resultado primário deste ano e do próximo, ao mesmo tempo que reduziram o prognóstico para a dívida pública ao final de 2024, mostrou uma pesquisa do governo nesta sexta-feira (16).
O relatório Prisma Fiscal de fevereiro, compilado pelo Ministério da Fazenda, mostra agora previsão mediana de saldo primário negativo de R$ 83,974 bilhões em 2024, melhora significativa ante a expectativa de rombo de R$ 86,143 bilhões no mês anterior.
Para o ano que vem, o Prisma estima agora déficit primário de R$ 79,74 bilhões, contra saldo negativo de R$ 82,76 bilhões projetado no relatório anterior.
No que diz respeito à arrecadação das receitas federais – considerada crucial pelos mercados para que o governo consiga atingir as metas previstas no novo arcabouço fiscal – a visão mediana no Prisma passou a calcular R$ 2,544 trilhões neste ano, acima dos R$ 2,533 trilhões previstos no boletim anterior.
Para 2025, a expectativa de arrecadação também subiu, a R$ 2,694 trilhões, de R$ 2,689 trilhões antes.
Para 2024, foi prevista receita líquida (descontados os repasses a Estados e municípios) de R$ 2,093 trilhões, acima dos R$ 2,083 trilhões do último Prisma. Para 2025, a expectativa também melhorou a R$ 2,221 trilhões, de R$ 2,214 trilhões antes.
Enquanto isso, o mercado reduziu a projeção para a dívida bruta do governo geral a 77,67% do PIB neste ano, contra 78,1% esperados no mês anterior. Para 2025, o prognóstico foi mantido em 80,1%, sem alterações.