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Marina Silva participa de reunião com Lula depois de polêmicas com o Congresso

 

O presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) vai se reunir com a ministra do Meio Ambiente e Mudança do Clima, Marina Silva, nesta sexta-feira (26). O encontro, marcado para as 11h no Palácio do Planalto, ocorrerá em meio à aprovação de medidas no Congresso Nacional que contrariam a agenda ambiental.

A Câmara dos Deputados aprovou nesta quarta (24) uma medida provisória que reestrutura a Esplanada dos Ministérios. Na prática, o texto esvazia as competências das pastas do Meio Ambiente e dos Povos Indígenas. A matéria ainda vai passar pelos plenários da Câmara e do Senado.

Pelo texto do relator, o Cadastro Ambiental Rural (CAR) sairia da pasta do Meio Ambiente e passaria para o Ministério da Gestão e Inovação em Serviços Públicos, de Esther Dweck. O CAR é um instrumento que garante segurança jurídica aos proprietários de imóveis rurais. Pela lei, o cadastro é precondição para o ingresso de regularização ambiental e, no futuro, para acesso a crédito.

Além disso, o relatório tira de Marina Silva a supervisão da Agência Nacional de Águas e Saneamento Básico (ANA) e transfere o órgão ao Ministério de Integração e Desenvolvimento Regional, comandado por Waldez Góes.

Para Marina, “a tentativa de desmontar o sistema nacional de meio ambiente brasileiro é um desserviço à sociedade”. Segundo a ministra, a fragilização da legislação ambiental pode fechar oportunidades para a economia brasileira. “Com todo respeito ao Congresso Nacional, à autonomia que ele tem, vamos para o debate, para o convencimento com os parlamentares”, disse.

Nesta quinta-feira (25), Lula também falou sobre as mudanças que a Câmara fez na medida provisória que reorganizou a estrutura da Esplanada dos Ministérios. O presidente disse que as alterações discutidas no Congresso são “a coisa mais normal”. “Toda vez que a sociedade se assusta com a política e ela começa a culpar a classe política, o resultado é infinitamente pior”, disse. “Por pior que seja a política, é nela e com ela que temos as soluções dos bons, dos grandes e dos pequenos problemas deste país”, completou.

Também nesta quarta (24), à noite, a Câmara aprovou o regime de urgência do projeto de lei que trata das regras para demarcação de terras indígenas. Com a urgência, o texto vai diretamente para análise do plenário da Casa. O projeto está em tramitação há 16 anos e já passou por diversas comissões da Casa.

A urgência foi aprovada por 324 votos favoráveis, 131 contrários e uma abstenção. Após a votação, deputados de partidos de esquerda protestaram e alegaram que o PL representa um retrocesso. A reação gerou bate-boca entre os parlamentares.

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