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Mais de 20 mil mulheres aguardam na fila de espera para cirurgia de reconstrução de mama na rede pública

Para tentar amenizar o problema, o governo federal assinou uma portaria para destinar R$ 105 milhões para cirurgias de reconstrução mamária pelo Sistema Único de Saúde nos próximos dois anos.

Mais de 20 mil mulheres estão na fila de espera para fazer cirurgia de reconstrução de mama na rede pública. São pacientes que tiveram o diagnóstico de câncer, fizeram o tratamento e não foram chamadas.

Segundo o ministério da Saúdeem 2019 foram feitas 1,2 mil cirurgias pelo SUS, em 2020 o número caiu para 632. Em 2021, foram 575 e até setembro de 2022 foram 419 procedimentos.

Dados da Sociedade Brasileira de Mastologia, área da medicina que estuda e trata patologias mamárias, benignas e malignas, mostram que o câncer de mama é a primeira causa de morte, por câncer, em mulheres no Brasil.

Para tentar amenizar o problema, o governo federal assinou uma portaria para destinar R$ 105 milhões para cirurgias de reconstrução mamária pelo Sistema Único de Saúde nos próximos dois anos.

Marcelo Bello, vice-presidente da Sociedade Brasileira Mastologia, diz que o câncer de mama é um dos mais comuns no Brasil e no mundo, e que é preciso facilitar a realização de exames para que o diagnóstico seja feito mais rapidamente.

“A reconstrução de mama hoje já está incorporada dentro do tratamento do câncer de mama. E basicamente pelo resgate da autoestima. Isso é fundamental”, explica Bello.

O ministério da Saúde informou que os gestores de estados e municípios vão precisar indicar os hospitais de alta complexidade em oncologia que poderão receber os recursos para essa campanha excepcional nos próximos dois anos.

G1

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