Raisi afirmou que o novo míssil “aumentará a capacidade de dissuasão” do Irã e garantiu que “contribuirá para a paz e estabilidade dos países da região”, segundo a agência de notícias iraniana Mehr.
Por sua vez, o comandante da Força Aeroespacial da Guarda Revolucionária, general Amir Ali Hajizadeh, qualificou as novas armas como um “grande salto” na capacidade defensiva do país.
A fonte destacou a capacidade de “Fattah” de voar a velocidades Mach 13-15 dentro e fora da atmosfera e a alta capacidade de manobra, o que o ajudaria a evitar sistemas de defesa.
“Este novo míssil é capaz de burlar todos os sistemas de defesa antimísseis. Seu alvo são os sistemas de defesa antimísseis”, disse Hajizadeh.
O Irã junta-se assim ao exclusivo clube dos países que têm testado este tipo de míssil, como os Estados Unidos, China, Coreia do Norte e Rússia, algo destacado por Salami. “Esta tecnologia é desconhecida para a maioria dos países do mundo, mas os especialistas de nosso país a alcançaram”, disse o comandante-chefe da Guarda Revolucionária Iraniana.
O país desenvolveu nas últimas quatro décadas uma indústria nacional de armas, devido ao embargo internacional, com especial interesse em mísseis, e tem vários que chegam a 2.000 km, suficientes para atingir Israel.
No final de maio, Teerã apresentou um novo míssil com alcance de 2.000 km e ogiva de 1.500 kg, equipado com motores a combustível líquido e mais preciso que as versões anteriores.
Os mísseis balísticos iranianos são uma fonte de preocupação para EUA, Europa e alguns países do Oriente Médio, embora as autoridades de Teerã digam que eles têm apenas um papel defensivo e dissuasor.
A apresentação do míssil coincide com a reabertura hoje das missões diplomáticas iranianas na Arábia Saudita, depois de os dois países rivais terem chegado a acordo em março para normalizar as relações diplomáticas com a mediação chinesa após sete anos de ruptura.
R7