Segundo relatório da Polícia Federal, membros da Abin Paralela discutiram um possível atentado contra o ministro do Supremo Tribunal Federal, Alexandre de Moraes. Em troca de mensagens obtidas pela PF um dos investigados sugeriu um “head shot”, tiro na cabeça em tradução.
A conversa aconteceu em agosto de 2021 entre Marcelo Araújo Bormevet e Giancarlo Gomes Rodrigues.
A Agência Brasileira de Inteligência (Abin) espionou ilegalmente, segundo a Polícia Federal, ministros do Supremo Tribunal Federal, parlamentares como o presidente da Câmara, Arthur Lira, e jornalistas.
Nos arquivos analisados até o momento, foram as seguintes autoridades e jornalistas monitorados, algumas já adiantadas pelo Jornal da Band:
Ministros do STF (Judiciário)
- Alexandre de Moraes,
- Dias Toffoli,
- Luis Roberto Barroso; e
- Luiz Fux;
Poder Legislativo
- Arthur Lira, presidente da Câmera;
- Rodrigo Maia, ex-presidente da Câmara;
- Kim Kataguiri, deputado federal;
- Joice Hasselmann, deputada federal;
- Alessandro Vieira, senador;
- Omar Aziz, senador;
- Renan Calheiros, senador; e
- Randolfe Rodrigues, senador.
Poder Executivo
- João Dória, ex-governador de São Paulo;
- Hugo Ferreira Netto, servidor do Ibama;
- Roberto Cabral Borges, servidor do Ibama;
- Christiano José Paes Leme Botelho, auditor da Receita Federal;
- Cleber Homen da Silva, auditor da Receita Federal; e
- José Pereira de Barros Neto, auditor da Receita Federal
Jornalistas
- Monica Bergamo;
- Vera Magalhães;
- Luiza Alves Bandeira; e
- Pedro Cesar Batista.
Nesta fase da operação, de acordo com a PF, as investigações revelaram que membros dos Três Poderes e jornalistas foram alvos do grupo, “incluindo a criação de perfis falsos e a divulgação de informações sabidamente falsas”.
“A organização criminosa também acessou ilegalmente computadores, aparelhos de telefonia e infraestrutura de telecomunicações para monitorar pessoas e agentes públicos”, declarou a corporação em comunicado.
4ª fase da Operação Última Milha
Nesta fase da operação, de acordo com a PF, as investigações revelaram que membros dos Três Poderes e jornalistas foram alvos do grupo, “incluindo a criação de perfis falsos e a divulgação de informações sabidamente falsas”.
“A organização criminosa também acessou ilegalmente computadores, aparelhos de telefonia e infraestrutura de telecomunicações para monitorar pessoas e agentes públicos”, declarou a corporação em comunicado.
Os investigados, conforme a corporação, podem responder pelos crimes de organização criminosa, tentativa de abolição do Estado Democrático de Direito, interceptação clandestina de comunicações e invasão de dispositivo informático alheio.
- Band/ Uol