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Hospital Materno Infantil de Bayeux é interditado eticamente pelo CRM-PB por falta de médicos

O trabalho da equipe médica que atua na maternidade e no bloco cirúrgico do Hospital Materno Infantil João Marsicano, em Bayeux, na Grande João Pessoa, foi interditado eticamente pelo Conselho Regional de Medicina da Paraíba (CRM-PB) a partir desta quinta-feira (18). De acordo com o presidente do CRM-PB, Bruno Leandro de Souza, a interdição se deve a falta de médicos e problemas estruturais na unidade.

De acordo com o diretor geral do hospital, Demócrito Medeiros, os problemas na escala aconteceram por causa da ausência de profissionais por questões de saúde e de foro íntimo dos médicos. “Ficamos com esse déficit de dois dias na escala, a segunda-feira e a sexta-feira, e também um furo na escala do domingo”, explicou.

Ainda de acordo com Demócrito, o problema foi resolvido na quarta-feira, e demorou além do prazo dado pelo CRM-PB por causa do pedido de demissão do diretor técnico da unidade, na terça-feira. “Ainda nesta quinta estarei levando as escalas para o CRM-PB, para mostrar que fizemos as adequações necessárias”, disse.

Segundo o CRM-PB, após uma inspeção feita na segunda-feira (15), foi constatado que a unidade estava sem médicos obstetras e anestesistas. O problema, segundo o órgão, acontece desde novembro de 2023. A prefeitura de Bayeux chegou a contratar uma empresa terceirizada para suprir a deficiência, mas o problema não foi resolvido e, com isso, estavam faltando médicos para os plantões.

Auto de interdição foi afixado na entrada do Hospital Materno Infantil de Bayeux — Foto: Antonio Vieira/TV Cabo Branco

Auto de interdição foi afixado na entrada do Hospital Materno Infantil de Bayeux — Foto: Antonio Vieira/TV Cabo Branco

Um prazo de 72 horas a partir de segunda-feira foi dado para que o problema fosse sanado. Como a situação não foi resolvida, O CRM-PB resolveu interditar a maternidade e o bloco cirúrgico da unidade, a partir da 0h desta quarta-feira.

Apesar da interdição em alguns setores, o hospital continua a funcionar, isso porque, segundo Bruno, a interdição é parcial para o centro obstétrico, e a parte do atendimento clínico à população se mantém. A duração da interdição depende das providências a serem adotadas, e não pode superar o prazo de 60 dias. Porém, esse prazo pode ser prorrogado enquanto não forem adotadas as medidas necessárias para a resolução do problema.

G1PB

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